D. Afonso Henriques

Como preocupados vitorianos, temo-nos vindo queixar recorrentemente da ausência de contratações sonantes, que nos encham, pelo menos, de esperança.
É justo que agora, perante a confirmação da contratação do Douglas, saibamos vir aqui conceder no primeiro suspiro de alívio.
Isto porque, em minha opinião (e ainda que com base nos sempre falíveis vídeos e na carreira do atleta que termina no Grémio onde atinge a meia-final da Libertadores como titular) este é um jogador daqueles que gostava de ver no Vitória. Digamos que tem um percurso e aparenta ter as características que gosto de ver num ponta-de-lança e que, reforço, em minha opinião, já se enquadra no nível de jogador que todos desejamos ver esta época, ou seja, pelo menos um furo acima daquilo a que estamos habituados. Porque do que vimos até aqui, algumas das contratações deixam muito a desejar, ou pelo menos não nos motivam. E não há dúvida que um jogador titular no Grémio de Porto Alegre é bem acima daquilo a que nos temos habituado.

Claro está que importa tentar conhecer um pouco melhor o atleta e perceber porque dispensou o Grémio um seu titular.
O site da Globo informa:
“O Grêmio dispensou o atacante Douglas no início desta semana. O jogador já fechou transferência para o Marília, clube do interior paulista. O afastamento, comentado publicamente apenas nesta quinta-feira, passou pelo crivo do técnico Mano Menezes e foi baseado em questões comportamentais. Este ano, o treinador há havia mencionado que a postura do jogador não era a ideal. «A dispensa foi por problemas extracampo. Ao longo da passagem de um jogador pelo clube, algumas questões vão se acumulando, e é isso que leva a diretoria a decidir que não é mais interessante mantê-lo no elenco» - explica Mano. Douglas foi contratado no início deste ano. Foi uma aposta da diretoria de futebol, que buscou o jogador no América-MG e percebeu nele condições de ser um grande atacante. Não deu certo.”

Ora isto significa duas coisas. Uma boa, outra má.
A má é aquela que resulta evidente da leitura do texto, ou seja, o motivo da dispensa. Sobretudo sabendo-se aquele que foi porventura o principal factor de fortalecimento da nossa equipa: o seu excelente balneário; o que interessa, a todo o custo salvaguardar.
Mas por outro lado não temos motivos para não confiar no Santo, que tem demonstrado, para além do mais, ser um excelente condutor de homens do ponto de vista motivacional.
A boa notícia é que ele não foi dispensado por ser perneta. Infere-se do texto que até gostavam dele e tinham apostado muito nele, só não resultou.
Ou seja, ovos temos. Falta agora o nosso santo chef fazer o resto…