D. Afonso Henriques

Embora com uma evolução positiva ,na ultima meia duzia de anos, a area de merchandising do Vitória continua a funcionar aquém daquilo que seria desejável e que o clube necessita.
Ano após ano,com a Adidas,John Smith,LeCoq Sportif,Kappa e agora Umbro,é sempre a mesma rábula dos equipamentos que não ficam prontos a tempo,do atraso na chegadas ás lojas,da impaciência dos sócios em adquirirem produtos que nunca mais chegam.
Toda a gente ligada ao comércio de artigos dos clubes,seja em Portugal,Espanha,Inglaterra,Itália,etc,sabe bem que existem duas alturas nucleares para vender.
Na pré temporada,quando são lançados novos modelos,existem novos craques a entusiasmar os adeptos e se aproveita o fenómeno das férias (sejam turistas,sejam emigrantes desejosos de levar os produtos do clube para as terras onde ganham a vida) para atingir picos de venda.
E depois a época natalicia em que a camisola,o fato de treino,ou outro produto qualquer são sempre excelentes opções para presentear a familia e os amigos.
O Vitória,alegremente,todos os anos deita fora a pré temporada e aproveita o Natal de forma insuficiente.
Creio que esta continua mudança de fornecedor de artigos desportivos terá muito a ver com isso,mas julgo de igual forma que nessa matéria,por razões que não conheço,nao existe uma politica de médio prazo no clube.
Acharia normal,que a exemplo do que fazem Porto,Benfica e Sporting,os contratos tivessem uma duração minima de três a cinco anos de molde a garantir a normalidade (e a rentabilidade) nessa matéria.
E acharia ainda mais normal que da parte do clube existisse uma forte exigência de criatividade face ás marcas que nos equipam.
Já sabemos que o primeiro equipamento tem de ser branco e o segundo preto,mas no terceiro equipamento existe margem para criar,inovar,produzir,torná-los atractivos e desejados.
E mesmo nos dois primeiros existe alguma margem de inovação.
Veja-se o que fez no seu tempo a John Smith,quiçá a marca que melhor olhou para o mercado vitoriano,com aquela camisola de listas verticais pretas e cinzentas,ou a camisola amarela do terceiro equipamento.
Enormes sucessos de vendas.
Reconhecendo que temos sido equipados por algumas das melhores marcas do mercado europeu,mas que olharam sempre para nós como um clube de segunda linha,não deixo de manifestar aqui um desejo.
Ver o Vitória equipado pela Nike.
A maior marca do mundo,a mais criativa,a de melhor qualidade dos produtos.
Em Portugal apenas vestem o F.C.Porto e a selecção nacional.
Há espaço,mesmo sabendo que a marca não gosta de diversificar muito em mercados pequenos como Portugal,para equiparem um outro clube.
Sabendo que o Benfica tem a Adidas e o Sporting a Puma (que há meia duzia de anos bem tentou vir para o Vitoria) que outro clube em Portugal pode garantir á Nike tantos adeptos,tanta paixão,tanto sucesso comercial ?
Todos sabemos que nenhum.
E reconhecendo que é melhor a Umbro,mesmo sendo uma marca em perda (só em Inglaterra perdeu o Manchester Unites e o Chelsea),que uma Sailev ou uma Desportreino qualquer,há que reconhecer que ainda não aquilo (mesmo no design dos produtos) que gostaria de ver no Vitoria.
Ai está mais um desafio para o Vitória do futuro: ver o melhor clube do mundo (para nós vitorianos pelo menos) equipado pela melhor marca de artigos desportivos a nivel mundial.
È assim que entendo que o Vitória deve ser pensado.
Nivelando-se por cima,querendo o melhor,ambicionando aquilo de que é capaz.