Ponto de ordem.
Nestas alturas, mais do que estarmos a desesperar inutilmente ou a tentar cavalgar na fase negativa da equipa, importa, com a serenidade possível, avaliar o que correu mal, para que não se repita e concentrar energias em ajudar o Vitória.
O que é que correu mal.
Na pré-época:
a) Desequilíbrios na construção do plantel. Desde o princípio que (muitas vezes sozinho) aqui vim dizer que o plantel não era equilibrado. Esse desequilíbrio era notório sobretudo nas alas onde tínhamos um defesa direito em quem eu depositava grandes expectativas, mas que não tinha concorrente à altura; um defesa esquerdo que é aquilo que todos sabemos também sem concorrência; ausência de verdadeiros extremos esquerdos; existência de apenas um extremo direito;
b) Chegada dos jogadores tarde e a más horas. Foram chegando a conta-gotas, alguns com o campeonato a decorrer, o que, pelo menos nas primeiras jornadas, pode ter sido importante. E sabe-se que às vezes um bom começo pode ser galvanizador.
c) Não escolha dos jogadores por parte da equipe técnica. Já aqui disse por mais de uma vez e repito: mais importante do que ter um conjunto de grandes jogadores é ter um conjunto que encaixe na filosofia de quem os treina. Ora, pelos vistos, isso não aconteceu este ano.
No decorrer da época (1ª metade)
a) Verificámos que estávamos mal servidos de guarda-redes.
b) A péssima forma misturada com alguma falta de inteligência (estou a ser simpático) dos nossos defesas. Exemplo acabado disto mesmo, o último jogo. Mas mais exemplos foram incontáveis ao longo da época: as fífias do Dragoner (Académica, Bolton, Alvalade), as asneiras do Medeiros (Académica, Benfica, Rio Ave), as paragens cerebrais do Cléber.
c) Falta de ligação no jogo ofensivo da equipa. Futebol muito directo, sem fio de jogo. Ausência de pressão alta logo sobre a defesa adversária.
d) O modelo de jogo. Pacheco começa por apostar no seu sistema de eleição (433) e rapidamente constata que não tem jogadores para ele. Muda para um 442 com losango no meio campo, mas o passar dos jogos demonstra que este também exige laterais bem ofensivos, o que não era na altura o caso.
A mudança de técnico
a) O novo técnico deveria, na minha opinião, ser alguém bem tarimbado nestas coisas do campeonato, com alguns anos disto nas costas, pois que a tarefa é muito exigente e mais do que competência técnica exigia alguém que recuperasse animicamente a equipa.
b) Pontes apanha a equipa em frangalhos, desmoralizada e não tem mostrado capacidade para dar a volta por cima.
c) Muda o sistema de jogo (outra vez o 433) para o qual já tem mais opções, mas a equipa joga sempre sobre brasas. A pressão é enorme e nota-se que muitos jogadores estão completamente “presos”.
Durante todo o campeonato:
a) É indubitável que temos tido uma enorme falta de sorte. Desde bolas ao poste a rodos até golos sofridos de forma inacreditável, tudo nos tem acontecido.
b) Paralelamente, nalguns jogos, como foi o da semana passada, temos sido empurrados para baixo pela arbitragem.
Tudo somado, são muitas causas, muitos problemas.
Importa agora é conseguir dar a volta por cima, porque ainda faltam muitas jornadas e não tenho dúvidas que temos equipa para dar a volta por cima.
Pela minha parte, a seguir ao jogo com o Estrela, decidi que tinha também de fazer um esforço para que as coisas se invertessem. Por isso fui apanhar chuva para a Figueira da Foz, por isso estive no Sábado no Afonso e por isso Domingo vou ao sambódromo gritar pelos nossos rapazes.
Viva o Vitória.
O que é que correu mal.
Na pré-época:
a) Desequilíbrios na construção do plantel. Desde o princípio que (muitas vezes sozinho) aqui vim dizer que o plantel não era equilibrado. Esse desequilíbrio era notório sobretudo nas alas onde tínhamos um defesa direito em quem eu depositava grandes expectativas, mas que não tinha concorrente à altura; um defesa esquerdo que é aquilo que todos sabemos também sem concorrência; ausência de verdadeiros extremos esquerdos; existência de apenas um extremo direito;
b) Chegada dos jogadores tarde e a más horas. Foram chegando a conta-gotas, alguns com o campeonato a decorrer, o que, pelo menos nas primeiras jornadas, pode ter sido importante. E sabe-se que às vezes um bom começo pode ser galvanizador.
c) Não escolha dos jogadores por parte da equipe técnica. Já aqui disse por mais de uma vez e repito: mais importante do que ter um conjunto de grandes jogadores é ter um conjunto que encaixe na filosofia de quem os treina. Ora, pelos vistos, isso não aconteceu este ano.
No decorrer da época (1ª metade)
a) Verificámos que estávamos mal servidos de guarda-redes.
b) A péssima forma misturada com alguma falta de inteligência (estou a ser simpático) dos nossos defesas. Exemplo acabado disto mesmo, o último jogo. Mas mais exemplos foram incontáveis ao longo da época: as fífias do Dragoner (Académica, Bolton, Alvalade), as asneiras do Medeiros (Académica, Benfica, Rio Ave), as paragens cerebrais do Cléber.
c) Falta de ligação no jogo ofensivo da equipa. Futebol muito directo, sem fio de jogo. Ausência de pressão alta logo sobre a defesa adversária.
d) O modelo de jogo. Pacheco começa por apostar no seu sistema de eleição (433) e rapidamente constata que não tem jogadores para ele. Muda para um 442 com losango no meio campo, mas o passar dos jogos demonstra que este também exige laterais bem ofensivos, o que não era na altura o caso.
A mudança de técnico
a) O novo técnico deveria, na minha opinião, ser alguém bem tarimbado nestas coisas do campeonato, com alguns anos disto nas costas, pois que a tarefa é muito exigente e mais do que competência técnica exigia alguém que recuperasse animicamente a equipa.
b) Pontes apanha a equipa em frangalhos, desmoralizada e não tem mostrado capacidade para dar a volta por cima.
c) Muda o sistema de jogo (outra vez o 433) para o qual já tem mais opções, mas a equipa joga sempre sobre brasas. A pressão é enorme e nota-se que muitos jogadores estão completamente “presos”.
Durante todo o campeonato:
a) É indubitável que temos tido uma enorme falta de sorte. Desde bolas ao poste a rodos até golos sofridos de forma inacreditável, tudo nos tem acontecido.
b) Paralelamente, nalguns jogos, como foi o da semana passada, temos sido empurrados para baixo pela arbitragem.
Tudo somado, são muitas causas, muitos problemas.
Importa agora é conseguir dar a volta por cima, porque ainda faltam muitas jornadas e não tenho dúvidas que temos equipa para dar a volta por cima.
Pela minha parte, a seguir ao jogo com o Estrela, decidi que tinha também de fazer um esforço para que as coisas se invertessem. Por isso fui apanhar chuva para a Figueira da Foz, por isso estive no Sábado no Afonso e por isso Domingo vou ao sambódromo gritar pelos nossos rapazes.
Viva o Vitória.
publicada por Gregório Freixo @ 16:48
6 Comentários:
Às 24 janeiro, 2006 17:55 ,
Gregório Freixo disse...
Ó PB a grande diferença entre nós é que eu fui capaz de elencar o que está mal, enquanto tu nunca foste capaz, em mais de um ano de blogue de, por uma vez, dizer UMA coisa que estivesse bem. Percebes a diferença?
Quanto a dizer quais os culpados, basta ter inteligência e ler o post. Mas faço-te a vontade:
os pontos 1. a), b) c); 2 a); 3a) são culpa da Direcção. Os pontos 2 b),c) d); 3 b) e c) são dos treinadores e jogadores.
Realmente e para que fique bem claro de uma vez por todos, somos bem diferentes: eu no passado fui crítico das Direcções de Pimenta Machado que tu defendeste. Votei nesta Direcção, mas não fazia parte da lista, ao contrário de ti que eras do projecto que que perdeu. E neste momento não faço parte de nenhum grupo que pretenda tomar o poder, nem estou à espera que as coisas corram mal para lançar o meu ódio em cima de quem lá está.
Critico quando acho que as coisas estão mal. Elogio quando estão bem. Não sou sectário e nada me move nisto tudo senão o amor que tenho pelo meu clube.
E basta.
Às 24 janeiro, 2006 18:24 ,
JC disse...
Ó PB, estás a gozar com a minha cara e eu não gosto disso.
As diferenças são exactamente aquelas que o GF elencou.
Além do mais, igualmente no passado, quando as coisas falhavam, para mim nunca foi, como nunca é, culpa de uma só pessoa. Quanto a essa pessoa, de resto eu só estava farto de ele ser mentiroso e de ver o meu clube a ser assaltado, mais nada.
De erros de análise e apostas que depois se revelam fracas, quando nada o indiciava, está o futebol cheio, que ninguém é adivinho (esta época pode dizer-se isso,pelo menos, do treinador, do lateral direito, de ambos os guarda-redes e dos centrais, cuja época anterior não fazia pensar o actual desacerto - e se disseres o contrário, pela objectividade do que escrevi, sabes que isso não é sério).
A César o que é de César. Nem tudo, ao contrário do que a tua cegueira te faz crer, pode alguma vez, seja no que for, ser culpa de uma só pessoa.
Quanto aos empréstimos, ó meu menino, nem todos vivem de mesadas dos paizinhos e lhes é indiferente derrete-las nos casinos, em vinho, putas ou num clube qualquer.
O Vitória, tal como eu o quero, tem de ter a equipa que pode e viver tendencialmente de acordo com as suas possibilidades. A casa não se arruma num ano, mas acredito que se está a construir algo positivo. Uns têm a mesma paciência que demonstraram durante boa parte dos tais 24 anos, outros não podem esperar 2 ou 3. Quem é coerente? Ou achas que tudo foram rosas? Não houve épocas más e miseráveis mesmo e equipas medíocres e treinadores e jogadores que não resultaram, apesar dos pergaminhos, e empréstimos por uma ou duas semanas e sei lá que mais?
Eu continuo tão paciente como fui muitos anos, tu é que queres que num ano ou ano e meio a coisa mude radicalmente. Volto a dizer-te: tem calma, que eu também tenho, eu tenho é há mais tempo que tu... e ainda tens muito que andar para chegares cá.
Às 25 janeiro, 2006 11:36 ,
Edmur disse...
fodasse...
eu vou agora comprar uma casa..vou recorrer ao banco, pois nao me saiu o euromilhoes...e para isso vou hipotcar a propria casa...é assim que funciona a coisa, para que nao sabe. qual é o mal???
Às 25 janeiro, 2006 17:06 ,
ADEMIR ALCANTARA disse...
Isto não está para brincadeiras, da maneira que a equipa joga ainda vamos ter de sofrer muito até ao final da é poca. Mas não acredito no cenário de descida. Apesar de pensar que neste Vitória não são só os jogadores que pensam com os pés, há muita responsabilidade de todos, e o facto de termos uma Direcção com o apoio esmagador dos sócios não impede que a critiquemos com verdade e lisura. Neste momento o que nos estão a mostrar é que ou tem muito azar ou não percebem muito de futebol, e meus caros consócios, o VSC não é um barco a remos, é o Queen Mary, tem de se saber quem manda e quem manda tem de saber mandar. Quer me parecer que o futebol nam sempre é a prioridades destes dirigentes. Mas vamos a ver...há que ter Fé.
Vitória Sport Club!!!
Às 25 janeiro, 2006 18:17 ,
Gregório Freixo disse...
Caro Marinho, emérito treinador que nos levou aos quartos de final da UEFA e ao 3º lugar do campeonato: põe aqui nos comentários um e-mail para o qual te possa mandar uma mensagem.
Caro Ademir Bernardes de Alcântara: criticar com lisura e seriedade é justamente o que tento fazer. Sem sectarismos e com objectividade.
Às 25 janeiro, 2006 18:35 ,
Pedro Mendes disse...
Gostei do queen mary :)
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