19.2.09

A tal coisa do futuro...

É difícil dizer seja o que for, com este peso todo na alma. Ano sim, ano não (quando corre bem), continuamos a sofrer desilusões. Sempre que parece que é desta que vamos dar o salto para o lugar que merecemos, todos, sócios e clube; que vamos entrar noutra esfera, que, finalmente é a hora de deixarmos de ser grandes só em número e paixão de adeptos, de atletas, de modalidades, de infra-estruturas, para passarmos a ser grandes no plano desportivo (refiro-me apenas ao futebol, porque noutras modalidades, lá vamos conseguindo ganhar alguns títulos e granjear algum respeito na europa), falhamos sempre a descolagem.

Pessoalmente, entendo que o que nos falta, é o que sempre faltou: profissionalismo na gestão do clube, que permita uma dose controlada de arrojo nos momentos decisivos. Aquela que permite que, sem dar passos maiores do as pernas, se caminhe, no entanto, de forma decidida, em passo largo e determinado, em direcção aos objectivos.

Neste particular, sou um pessimista: não vejo, das figuras conhecidas, das sabidas, dos "suspeitos do costume" e dos nomes possíveis, ninguém, repito, ninguém da esfera vitoriana, com capacidade para liderar um projecto de crescimento desportivo a sério, com a meta a não poder ser outra, que não a de sempre: imiscuirmo-nos de forma coerente e definitiva, entre os grandes do país futebolístico. A de sermos uma equipa com a qual, não com surpresa, à 10ª jornada, mas com algum grau de certeza, todos contem no início da época para esse tipo de resultados. Não peço que sejamos um candidato natural ao título nos próximos anos, não o podia pedir, sei as limitações e o caminho, mas que o fossemos no espaço de uma década, década e meia, de resultados consistentes, acima do 5.º lugar. E não me digam que não é possível, porque é! O que não é possível é que um clube com esta dimensão estrutural, hesite anualmente entre as posições europeias e o fundo da tabela. Isso é falta de planeamento ou puro e simples não saber o que fazer. Basta de desbaratar os jovens valores do clube, basta de destruir consecutivamente a espinha dorsal das equipas, basta de contratar mal, basta de ser presa de agentes, basta de andar de olhos fechados no mercado.

Sem gestão profissional não vamos a lado nenhum. Não vamos nunca perceber as contas, não vamos nunca perceber as contratações, nem os protocolos, nem coisa nenhuma. Tem de acabar o tempo da associação recreativa e dos carolas. De resto, esse tempo acabou, de facto, nalguns sectores, porque parece haver gente a ganhar e muito bem, para os padrões do país, em certos departamentos, mas parece que nunca mais vai acabar na direcção.

De boas vontades está o inferno cheio e a sorte não dura sempre. Não pode haver directores de clube que, simultaneamente, tenham interesses, parcialmente que seja, conflituantes com o mesmo, nem agendas secretas de negócios pessoais ou que o vejam como alavanca para outros voos.

O problema, para mim - gosto de frisar o caracter pessoal da opinião - não está no treinador, nunca esteve e até percebo que tenha tido que fazer das tripas coração e dizer em público o que certamente não pensava em privado. Esta equipa é muito inferior à da época passada. Esta equipa tem tido lesões atrás de lesões, não traumáticas, mas essencialmente musculares. Esta equipa não foi, diga a direcção o que disser (os sócios não são burros) feita pelo Manuel Cajuda, nem os reforços do mercado de Inverno são os que ele desejava e os que a equipa absolutamente necessitava e muito menos são aqueles que, à boca cheia, foram prometidos com, atente-se no desplante, data certa! Digam o que disserem. Basta de colocar as responsabilidades em cima dos ombros de um só homem (que tem as suas falhas, claro, mas a minha memória, pelo menos a minha, não é curta) e é tempo de passarem a assumir as suas próprias responsabilidades e incompetência. Se há "rebos"* no Vitória, a maior parte deles não está dentro das 4 linhas...

Tenho relembrado muito a celebérrima frase do Domingos Paciência sobre o piloto e o ferrari... Esta gente, claramente, não tem unhas para conduzir esta máquina que, não sendo um ferrari, é seguramente um modelo do segmento médio-alto e não pode ser conduzido por quem está habilitado apenas a ciclomotores. Não pode, não dá, não chega! Mas, depois, vem o pior: o pior é que não vejo ninguém, asseguro-vos, ninguém!!! E, às tantas, é essa a grande angústia do nosso clube, há muitos anos: tem uma massa associativa enorme e fervorosa, mas não vislumbro, entre todos eles, ninguém com estaleca para conduzir o clube ao estatuto que almeja e que, em vão, invocamos todos, há muitas décadas.

Alguém que limpe, que organize, que projecte, que seja coerente e decidido, que veja o interesse do clube antes do seu interesse ou vaidade pessoal, mas que, simultaneamente, saiba o que está a fazer. Que tenha consciência que um clube de futebol não é sapatos, nem têxteis, nem construção, nem rendas, nem política, nem qualquer outra coisa. É um empreendimento diferente dos outros. Isto não é para empresários, nem é para diletantes endinheirados, é para quem respire futebol há muitos anos e saiba e possa rodear-se de uma equipa de gente profissional a sério, com capacidade e autonomia gestionária e discricionaridade técnica, com competência e provas dadas, com salários adequados e a quem, na hora de exigir responsabilidades, não seja possível dizer que fez o melhor que podia, porque gosta disto e não sabe para mais.

Assim, sem arrojo, determinação, capacidade de decisão e competência, não vamos nunca lá. Mas, repito, não vejo luz (em forma de meios humanos) ao fundo do túnel. Às tantas, vamos ter de esperar por outra geração de vitorianos, dotada de outras competências e conhecimento de causa... às tantas, vamos ter de adiar o nosso clube, uma vez mais, mais uma ou duas décadas.

Desculpem o desencanto, mas não vejo mesmo nada de bom no horizonte.

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publicada por Anónimo @ 16:40  

15 Comentários:

  • Às 19 fevereiro, 2009 19:04 , Blogger Ibraim disse...

    Compreendo a tua angústia, caro N’Dinga, e em grande parte partilho dela, mas não podemos ser tão pessimistas assim.
    A minha discordância daquilo que escreveste, limita-se a dois pontos.

    Primeiro, não quero nem posso acreditar que num universo de mais de 30 mil pessoas, não haja alguém com as capacidades e o altruísmo necessários, de que tu tão bem falaste.
    Não quero nem posso acreditar que o nosso universo possa ser assim tão limitado...

    Quanto à época calamitosa em que nos encontramos, parece-me ser pacífica a atribuição dessa responsabilidade à Direcção do clube. A Direcção e o seu Presidente, são os principais responsáveis pela péssima preparação desta época, pelos protocolos, pelas posições assumidas, enfim um rol enorme de erros que quase nos levaram ao desastre.
    E aqui surge o segundo ponto do meu desacordo. É que apesar de todos os erros cometidos pela Direcção, não podemos ilibar o treinador Manuel Cajuda da sua quota-parte de culpa.
    A opção de iludir os sócios, e de negar sistematicamente a evidência, foi dele, por muito pressionado que possa eventualmente ter sido.
    A responsabilidade pela gestão e pela estratégia da equipa é da sua exclusiva responsabilidade.
    Mas isto não lhe retira o mérito de um ano e meio de uma ascensão vertiginosa, que culminou com o acesso à terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Fez história e jamais será esquecido. Todos nós lhe reconhecemos esses méritos, e por isso terá sempre a nossa gratidão.
    O problema é que esses méritos não lhe dão carta branca vitalícia, nem tão pouco lhe dão o direito de sequer pensar que nos pode ludibriar com essa psicologia barata que tanto tem usado. Esse atestado de menoridade que quase parece querer passar-nos… é inadmissível, independentemente de tudo aquilo que já fez por nós…

     
  • Às 19 fevereiro, 2009 23:35 , Blogger Paquito disse...

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • Às 19 fevereiro, 2009 23:41 , Blogger Jeremias disse...

    Assino por baixo o diagnóstico do N'DINGA menos no pessimismo quanto a futuros dirigentes do clube.
    Onde estou de acordo com o IBRAIM.
    O Vitória tem seguramente no seu universo associativo gente bem capaz de assumir os destinos do clube e proporcionar-lhe o tal salto em frente longamente adiado.
    Acho é que há muita gente,talvez sugestionada pelos ultimos trinta anos,que não consegue conceber uma gestão vitoriana fora do presidencialismo que marcou estas três décadas.
    E potenciais presidentes nessa linha de actuação também não estou a ver.
    Nem quero.
    Pimenta Machado teve o seu tempo, o seu método de actuação,as suas virtudes e defeitos,mas saiu já fora de prazo.
    O sucessor,teóricamente eleito em nome de uma forma de gerir diferente,rápidamente se deixou tomar pelas tentações presidencialista.
    E com Emilio Macedo o que se passa não é muito diferente.
    Porque Pimenta,Magalhães e Macedo sendo muito diferentes em muita coisa numa são idênticos.
    Gostam de exercer o poder e estão habituados a mandar.
    O futuro não pode ser esse.
    Nem o Vitória ser comandado por um homem só (nas várias acepções do termo)nem estar dependente de livros de cheques pessoais.
    É preciso uma gestão moderna,arrojada,com clara noção do que o clube tem e dos patamares a que pode chegar.
    E isso consegue-se com uma gestão colegial.
    Com funções e competências claramente definidas.
    E alguém que lidere,coordene,seja o rosto da gestão.
    Mas que não mande no pior sentido do termo.
    Eu acredito que isso é possivel.
    Não daqui a dez ou quinze anos mas no imediato.

     
  • Às 19 fevereiro, 2009 23:43 , Blogger Paquito disse...

    Eu penso, com o devido respeito, que há um mal endémico que não conseguimos ultrapassar.
    Nós temos que despedir alguém, nós temos que pôr alguém a correr, nós temos que enforcar um responsável.
    É assim, somos assim. Não apenas como clube, mas como povo. E nem me refiro apenas aos vimaranenses/vitorianos.

    Antes de mais eu queria subscrever e mais do que isso felicitar o N'Dinga pelo seu excelente e muito sentido texto. E não o acho nada pessimista, acho que seremos irrealistas se o considerarmos pessimista, porque, infelizmente, ele é bem um retrato fiel dos nossos problemas, da nossa ausência de soluções e do fado que temos pela frente de mais um adiar da nossa afirmação não se sabe até quando.
    Apesar de compreender a perspectiva do N'Dinga, concordo contudo com o Ibraim que num universo de 30.000 sócios é difícil que não haja gente com aqueles predicados; mas com os predicados gestionários, de arrojo e de vontade que refere o N'Dinga, e não com o altruísmo indicado pelo Ibraim, porque, sinceramente, acho que disso é do que temos tido ao longo da História e em minha opinião, tal como diz o N'Dinga, devemos urgentemente deixar de ter.

    Já há muitos anos que defendo essa profissionalização. Até é melhor, pensava eu na minha inocência, para demonstrar seriedade; claro que as jogatanas com empresários são muito mais rentáveis do que muitos vencimentos declarados.
    E o problema está na extrema demagogia ciclicamente utilizada por todos os candidatos do "eu não quero tirar um tostão do Vitória" logo aplaudidos com enorme entusiasmo... mas é isso que nós queremos? É isso que um clube com esta dimensão precisa? Excepciono deste discurso o candidato Manuel Rodrigues que de facto, sempre se manifestou favorável à profissionalização dos corpos directivos.

    Basta aliás pensar no seguinte:
    O Vitória é uma empresa que exige maior dedicação e empenhamento profissionais que muitas que por aí vemos em diversas áreas. Nisso creio estaremos de acordo.
    Como pode então ser gerido amadoramente. Nem na nossa pequena escala organizacional imaginamos ter uma empresa, uma sociedade, um escritório, um consultório e ir lá só de vez em quando.
    É insustentável e até irresponsável.

    Por ex., jogadores, treinador e presidente foram insultados por cinco dezenas de sócios no treino de ontem. Ao presidente com gritos de "vai-te embora", ao que este respondeu, segundo os jornais "já falta pouco".
    Apesar de podermos ter a opinião mais negativa possível do Presidente, eu pergunto: é isto que o Vitória precisa? Ter um presidente por mandato? Mudar constantemente de liderança? Não permitir a consolidação de nenhum projecto? Nós passamos da máxima estabilidade (mais de 20 anos com o mesmo presidente) para a máxima instabilidade com os presidentes a não ficarem mais do que um mandato.
    A presidência do Vitória tem que deixar de ser uma feira de vaidades, onde toda a gente quer passar para dizer que já lá esteve.
    Em minha opinião, o Vitória precisa de um presidente e direcção que se disponham a levar a cabo um projecto de anos, de longo-prazo. E só podemos exigir isso, naturalmente, de alguém que se predisponha a fazer daquilo a sua profissão, de outro modo é impensável sequer exigir esse empenhamento a quem lá esteja.

    E é por isso que não sou contra o Cajuda. Primeiro porque privilegio a gratidão e tento não ter memória curta. Depois porque, como se nota, sou um defensor da estabilidade.
    Para mim, nada hoje mudou em relação ao início da época: ele é hoje tão capaz ou tão incapaz como já era, é tão psicólogo barato quanto já era, tão fala-barato quanto já era, tão inábil tacticamente quanto já era, tão treinador da velha guarda quanto já era... mas se assim é porque não se lhe pediu a cabeça então?
    A única diferença para hoje está nos resultados.
    E nisso, creio, sem desconsiderar a opinião de quase todos os restantes deste blogue, que temos muitos a aprender com os outros. Veja-se o Manchester United por ex., que apostou no Alex Ferguson (que também é velha guarda e adepto da psicologia motivacional) e andou uns anos valentes sem ganhar nada e veio mais tarde (não apenas por causa disso, admito) a colher os frutos de uma aposta na estabilidade; por ex. os jogadores respeitam o treinador porque sabem que sairão eles antes dele, aqui, eles sabem que têm o poder de mandar embora o treinador quando quiserem.

    Mas o pior de tudo é que somos nós próprios quem incentiva isso. Como muito bem dizia um antigo treinador nosso, fazemos harakiri sobre nós próprios. O Scolari (com quem não simpatizava), que foi um dos mais estáveis na selecção, por muitos portugueses, tinha ido embora pouco depois de entrar; felizmente, não foi.
    Enquanto exigirmos o imediatismo, parece-me que não vamos a lado nenhum, não damos espaço que se prepare nada, no fundo, quem se prejudica é o Vitória.

    Mas com isto, não pretendo defender o Cajuda. É uma posição em abstracto, o Cajuda é apenas aquele que lá está agora, beneficiário desta minha posição por estar presentemente no lugar de treinador.
    Mas acho que tínhamos obrigação de denunciar as suas insuficiências, se eram tão notórias, antes deste momento. Se ele é mau, já era mau no passado, e então aí estivemos todos a ser irresponsáveis ao ter defendido a sua continuidade para esta época (e em bom rigor até para a anterior). Mas não. Praticamente todos concordavam com a sua permanência, hoje não, pelo imediatismo e pouco mais.
    Por ex., se o desgraçado do Machado vier para Guimarães, com o seu esquema defensivo, ao segundo empate está tudo a gritar "Oh Manel Bula vai pra Madeira"!

    É precisamente isso que eu não quero. Eu defendo a estabilidade.
    E procurando ser sério comigo próprio, acho que o Cajuda vale hoje o mesmo que no início da época, ou melhor, é tão capaz ou incapaz agora como então. Como na altura o achava capaz, não posso em coerência pensar diferentemente hoje.

     
  • Às 19 fevereiro, 2009 23:50 , Blogger Jeremias disse...

    Quis a coincidência que eu e o PAQUITO escrevessemos os nossos comentários ao mesmo tempo e daí que não tenha colocado uma nota sobre o que ele diz.
    Genéricamente acho que o PAQUITO tem toda a razão.
    Quanto á estabilidade de presidentes,direcções,projectos e treinadores.
    Estou totalmente de acordo.
    Há contudo um dado a ponderar.
    É que a doutrina quanto aos treinadores (sempre o elo mais fraco), de que Ferguson é excelente exemplo, tem uma excepção:
    Que é a sua não aplicação nos casos em que os treinadores querem ir embora.
    Como parece ser o caso.
    Porque os black outs e as declarações de Cajuda,mesmo numa linguagem cifrada, apontam claramente para um esticar da corda com a direcção do clube.
    E por maior que seja a nossa desilusão com o rumo seguido a verdade é que a direcção foi eleita pelos sócios e Cajuda contratado pela direcção.
    Há uma hierarquia que merece respeito.
    E que,do meu pessoalissimo ponto de vista,Cajuda não tem respeitado.

     
  • Às 20 fevereiro, 2009 10:41 , Blogger Gregório Freixo disse...

    Subscrevo as opiniões aqui expressas pelo N'Dinga e pelo Paquito.
    Quanto a Manuel Cajuda, espero postar em breve aquilo que acho acerca da sua quota parte de responsabilidade nisto tudo e o seu papel no futuro.
    Mas deixo já aqui a minha conclusão: para mim, era ele o treinador da época 2009/2010.

     
  • Às 20 fevereiro, 2009 11:56 , Blogger CASCAVEL disse...

    Eu genericamente estou de acordo com o (excelente) texto do N´DINGA.
    É evidente que o Cajuda, mesmo tendo defendido o valor do plantel "até à morte" (que outra "saída" ele teria?????), não é o principal responsável pela forma como a presente temporada foi (mal) preparada. Essa responsabilidade, como é evidente, terá sempre que ser assacada a quem de direito, ou seja, à Direcção, que é quem tem a obrigação de planear, com tempo e horas, as épocas desportivas.
    De qualquer forma, para a tal lufada de ar fesco que se pretende para o clube no futuro, imediato e distante, é necessário encontrar o treinador certo.
    É precisamente aqui que divergimos.
    Eu acho que esse homem não é Manuel Cajuda que, como antes referi, tendo dado muito ao VITÓRIA nestes 2 anos e, por isso, é merecedor da nossa gratidão eterna, não tem o perfil indicado para o tal VITÓRIA de futuro que todos exigimos.

     
  • Às 20 fevereiro, 2009 12:13 , Blogger Capucho disse...

    Quem conhece o Dinga como eu o conheço, sabe que esta dor e angustia superiormente narrada, é sincera e profunda.
    Quem conhece o Dinga desde que ele era imberbe, lembra-se das lágrimas vertidas no final dos jogos quando o Vitória perdia. Lia-se no seu rosto triste, a incompreensão de um imaturo perante uma derrota do Vitória.
    Mas lembro, também, que após limpar as lágrimas daquele choro agonizante, acreditava no futuro.
    Mais tarde, já nas lides académicas, ele era um General sem exercito na velha questão do "caso N'Dinga" (aliás, bravamente, escolheu esse nome aqui para seu alter ego), no qual conseguiu, através do dom da palavra e pela sua limpidez da escita, que os adeptos da Académica respeitassem a posição do Vitória, então na altura muito desgastada, sempre acreditando e defendendo acerrimamente os interesses do Vitória.
    Foi, portanto, sempre um vitoriano optimista e, por isso, é com alguma preocupação que denoto algum pessimismo neste vitoriano dos quatro costados.
    Mais tarde vou comentar o post por ele posto porque ainda não tive oportunidade de o ler (só li os comentários), mas quando soube que o Grande Dinga tinha postado, foi como se ocorresse um avatar. Foi como um turista que visita o Louvre, não se interessando pela beleza da pintura, mas apenas pela assinatura do Mestre/Artista/Pintor.
    E, portanto, não resisti a fazer este modesto introito.

    Até Já!

     
  • Às 20 fevereiro, 2009 12:31 , Blogger Saganowski disse...

    Pessoalmente, o que eu acho que o Vitória precisa é de um Director Desportivo profissional, com conhecimentos a sério na área (alguém que não faça isso por "carolice"), que seja conhecedor da realidade desportiva mundial, que seja conhecedor de outros exemplos de gestão desportiva de sucesso a nível nacional/internacional.

    Até não me importo que seja bem pago, desde que tenha atrás de si uma boa história nessas funções e seja uma pessoa séria, respeitada e conhecida no meio e nos media.

    Por isso, se algum dia a minha opinião for importante, eu defendo a contratação de alguém como Norton de Matos para a função: tem experi~encia na função, tem conhecimentos, é conhecido, sério, trouxe grande jogadores para Guimarães e é bem visto entre os sócios!

     
  • Às 20 fevereiro, 2009 15:09 , Blogger Capucho disse...

    Caros Jeremias e Paquito,
    Dupont e Dupond só no Tintim.

     
  • Às 20 fevereiro, 2009 17:45 , Blogger Rui Rodrigues disse...

    Ficar mais um minuto que seja com o Cajuda só vai ajudar a estragar a proxima epoca.
    Porque esta ja ele e o Milo estragaram.
    Estou farto dos black outs, das equipas mal feitas,do dialecto algarvio feito de meias palavras com que foge á responsabilidade pelos insucessos.
    Quem a jogar em casa com o amadora tem dois insucessos em tres semanas esgotou o prazo de validade.
    P.S. Já metem nojo as declarações ás pinguinhas (juro que não é piada) do manuel almeida.
    Se tem alguma coisa a dizer que diga.
    Se nao que se cale e vá beber mais uns copos com o grande amigo luis filipe vieira.

     
  • Às 20 fevereiro, 2009 22:24 , Blogger Edmur disse...

    Ora bem.. tenhyo andado arredado destas lides da escrita, por motivos profissionais.

    Sobre esta questão do vai e fica, acho que, e com muita pena minha, não estão criadas condições para termos o cajuda na próxima época.Não com esta direcção. Por isso, e sendo inevitável que tal aconteça, é tempo de se começar a preparar a próxima época, que esta já terminou.Mas de forma alguma mandar o treinador embora agora, porque nao faz sentido nenhum.

    O que verdadeiramente me preocupa, é que vai embora o único que percebe de futebol, o treinador, e fica a época a ser preparada por quem nada percebe ou por quem percebe muito do lado menos bonito do futebol, o negocio. E por isso não estou nada, mesmo nada tranquilo.

    Mas não tenho duvidas que com outra direcção Cajuda seria o treinador que gostaria de ver na próxima época no Vitoria.

     
  • Às 21 fevereiro, 2009 12:27 , Blogger Ernesto Paraíso disse...

    Aproveito para saudar os membros do blog.
    Vivemos uma época difícil, em que se ouvem vitorianos em descrença do seu próprio vitorianismo.

    É o momento de os vitorianos de corpo inteiro (os das vitórias e das derrotas) ajudarem a manter a chama.

    Temos que mostrar já no jogo com o Trofense que somos vitorianos, e que o clube está muito acima do treinador, do presidente, ...e de nós próprios.

     
  • Às 21 fevereiro, 2009 17:23 , Blogger ADEMIR ALCANTARA disse...

    Caro N´Dinga,

    Sinceramente não me parece desencanto ocasional, parece-me antes realismo estrutural.
    Assino por baixo na totalidade, dentro das premissas enunciadas, neste momento, não me parece que salvo milagre, apareça alguém dentro das condições certas para tomar conta dos destinos do nosso Clube.
    É também certo, que muitas vezes é o Cargo que faz o Homem e não o inverso.
    De qualquer forma temo bem, que o próximo acto eleitoral venha a confirmar a tua análise que, para o momento presente, põe por escrito aquilo que penso.
    Não se iluda quem pense ver nisto uma certa dose de niílismo, eu acho que de facto é onde nos encontramos presentemente, no celebérrimo: "oásis à deriva...".

    É sempre bom ler-te Meu Amigo,

    Um Abraço e,
    VIVA O VITÓRIA!!!

     
  • Às 23 fevereiro, 2009 07:33 , Blogger Pedro Mendes disse...

    Este é um assunto que preocupa todo o Universo Vitoriano. Como muito bem diz o Ademir, muitas vezes é o cargo que faz o homem. Basta para isso atentar em dois casos bem próximos de nós. Em Marrocos temos um trolha com dinheiro (igualzinho ao nosso quando começou), mas que é fino como um rato. Tivesse ele 30.000 atrás e onde não iria. Na tripeirada temos um falido que nunca fez nada na vida e que é só o homem que mais percebe de bola neste país. Por isso, é preciso é romper com os suspeitos do costume e aparecerem caras novas. Depois compete aos sócios pôr a cruz no sitio certo.

    Saudações Brancas

     

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