D. Afonso Henriques: E agora?

8.5.06

E agora?

Ao contrário do nosso goleador-mor, eu defendo que a Direcção deve continuar. Faço-o por razões de princípio e por razões práticas.

Razões de princípio.
A Direcção foi eleita para um período de três anos. Por isso, à partida, deve cumprir o seu mandato até ao fim. Esta deve ser a regra em democracia.
Em minha opinião, a Direcção só deve demitir-se se sentir que não reúne as condições para desenvolver o seu trabalho. Na verdade, o insucesso desportivo (ainda que colossal como este ano) por si só não é, para mim, motivo para uma Direcção se demitir. Só o será se isso se reflectisse de tal forma nas condições de trabalho da Direcção que esta entendesse que não tinha o "suporte" suficiente para desempenhar as suas funções.
Mais. Entendo que, neste momento, seria um acto de profunda cobardia por parte da Direcção se se demitissem. Esta Direcção recebeu o Vitória na 1ª e tem a estrita obrigação de o deixar novamente nesse lugar.

Razões práticas
Um período eleitoral aberto agora, com os trâmites processuais necessários para que uma nova Direcção pudesse ser eleita e tomar posse fariam com que o Vitória perdesse grande parte do defeso, o que, não significando necessariamente que fizéssemos uma má época a seguir, constituiria um handicap de monta para os novos responsáveis.

Por estas razões, sou de opinião que a Direcção, enquanto entender que tem condições para desempenhar o cargo, deve permanecer em funções. Chamem-me "iluminado" se quiserem. É apenas a minha opinião e vale o que vale...

publicada por Gregório Freixo @ 18:13

4 Comentários:

Às 08 maio, 2006 19:01 , ADEMIR ALCANTARA disse...

Caro Capitão,

Certo.
Os mandatos são para cumprir, desde que se mantenham os pressupostos que consubstanciaram a eleição.
Esta Direcção foi eleita com o propósito de: reduzir o passivo, construir uma grande equipa ou "fazer História", e pelo menos, digo eu, ter a decência de salvaguardar um minimo daquilo que é o patamar a que o nosso Clube nos habituou.
Tem para mim como deve ter para todos o direito e sobretudo o dever de se recandidatar, mas necessita de se relegitimar, pois os pressupostos são completamente diferentes, e estou certo em absoluto que se alguém tivesse previsto uma miséria destas não tinham tido um voto sequer.
Para mim basta, a Direcção do Clube será sempre a minha Direcção mas não sou masoquista.
Que mais será preciso ser feito para nos darmos conta que estes senhores não percebem nada do oficio? É também a minha opinão apenas.
E acredita que tb acho que deviam "comer os ossos" já que a carne tinham-na toda e sobre isso já escrevi.
Nunca mais nenhuma Direcção reunirá as excepcionais condições que esta teve para fazer um bom trabalho.
Se tudo isso não lhes chegou não estou a ver como é se vão sair desta.
Mas se quisermos ir mais longe, uma Assembleia Geral pode clarificar a vontade dos sócios de ir ou não para eleições, e esses sim que somos nós devemos ter direito a dizer o que pensamos e a decidir democraticamente o futuro do clube, porque para dar um rumo às nossas opiniões, ambas respeitáveis creio, só a plena auscultação dos associados dará conta do verdadeiro "sentir" do Clube, por muito que nos pareça que há mais a pretender que fiquem ou que vão.
Assim, e com perdão pelo epiteto de "iluminado" que não te cola evidentemente, porque sei que te baseias numa coerência muitas vezes aqui manifestada e, provavelmente, numa desilusão ainda maior do que a minha relativamente ao que era esperado desta Direcção.
Quando se constata uma divisão dentro do Clube só os sócios a podem sanar, e numa Assembleia Geral podem decidir o rumo a tomar o que independemente de ser de acordo com a minha vontade ou não respeitarei integralmente, como alias tenho feito.
Acima de tudo o que nos une é sempre maior do que o que nos separa num outro ponto de vista e posicionamento, e sei que todos queremos o melhor para o Vitória, o que nos divide é eu pensar que esta gente não é a melhor para o Clube, e não mereciamos isto para ter essa certeza.

Um abraço com a mesma tristeza com que abandonamos o estádio ontem, e com grande esperança de que um dia o façamos com lágrimas de alegria, porque de tristeza já basta.

Abraço e

VIVA O VITÓRIA!!!
Às 08 maio, 2006 19:01 , Pedro Mendes disse...

Tamanha incompetencia, SIM que é disso que se trata, tem que ser irradiada do Vitória urgentemente!
Qual é a garantia que me dá este senhor de trazer o Vitória de volta à 1ª Liga, se no ano em que todos os ventos sopravam a nosso favor, nos levou pró abismo!
Vá e não volte, Caro Presidente!
Nós, jamais o esqueceremos!
E já agora, vá fazer história desta, pra p*** que o p****!!!
Às 08 maio, 2006 19:38 , JC disse...

Não percebi...

O Manoel jogou:

90m 3 vezes (1.ª, 33.ª e 34.ª jornadas);

Jogou parcialmente 16 vezes (2.ª, 3.ª, 4.ª, 5.ª, 8.ª, 11.ª, 14.ª, 15.ª, 16.ª, 17.ª, 19.ª, 20.ª, 21.ª, 30.ª, 31.ª e 32.ª jornadas);

Foi supelente não utilizado 7 vezes (7.ª, 9.ª, 10.ª, 12.ª, 13.ª, 18.ª e 27.ª jornadas);

Nem sequer foi convocado por 8 vezes (6.ª, 22.ª, 23.ª, 24.ª, 25.ª, 26.ª, 28.ª e 29.ª jornadas).

Posto este exercício, temos que, dos 3060m que o Vitória esteve em campo (mais uns trocados dos descontos), o Manoel jogou 916m (menos de um terço), não tendo sido utilizado ou nem sequer convocado em 15 dos 34 jogos da temporada e tendo jogado 15 minutos ou menos em outros 4.

Não percebi mesmo o "praticamente em todos os jogos"...
Às 09 maio, 2006 10:37 , JC disse...

Vou-me dispensar de ser tão exaustivo, mas o Rivas foi utilizado apenas em 5 jogos, dos quais apenas jogou os 90m inteiros num, sendo os restantes 50m, 11m, 22m e 22m.
Foi convocado, salvo erro, mais umas 4 vezes, sem que, no entanto, tenha sido utilizado.
Continuo a não perceber...