D. Afonso Henriques

A explicação de que necessito é muito simples: como foi possível perder um jogo que estava completamente controlado e com sérias hipóteses de vir a ser ganho?
Ainda hoje, passados 3 dias, continuo sem entender como foi possível perder o jogo contra o Paços de Ferreira.
O VITÓRIA, sem deslumbrar, estava com o completo domínio do jogo. O Paços não tinha chegado uma vez à nossa baliza, ainda faltava muito tempo (meia hora, mais os descontos...), a equipa não estava a jogar mal, portanto a pergunta impôe-se: o que passou pela cabeça do "homem" para retirar do campo um central, desiquilibrar a equipa toda, deixar de chegar com perigo á baliza adversária, perder o domínio do jogo e, naturalmente,.......... perder o jogo.
Estava à vista de toda a gente.
Ainda agora o José Mota deve estar por perceber como conseguiu ganhar aquele jogo.
Assim a recuperação não se avizinha nada fácil.
E não me falem de treinadores corajosos ou outros disparates do género. Prefiro treinadores mais conservadores, que percebam o jogo e as suas várias nuances, do que ter treinadores demasiadamente ambiciosos (ou suicidas, como prefiro chamar) que, no final, fruto da (falsa) audácia, perdem o jogo. A ambição sendo naturalmente muito importante, tem que ser devidamente controlada. Querem um bom exemplo: Trapatoni na época passada.
O futebol, como a generalidade dos desportos colectivos, é um jogo de equilibrios. Quando se perdem os equilibrios, normalmente perde-se o jogo.
É preciso que se perceba que existem 3 resultados possíveis. E, para mim, empatar (se fosse o caso) é melhor do que perder.
Penso que nesta altura do campeonato o importante somar pontos, para que lá mais no final da época, se for necessário, então sim, arriscar tudo.
Fazer o que se fez no último jogo é estilo "Kamikaze". E os Kamikazes, que me lembre, não foram muito felizes.
Eu, que não sou nada saudosista e até gosto do Jaime Pachecoa, dei comigo a pensar, à saida do Estádio, que com o Prof. Manuel Machado no banco, não tinhamos perdido este jogo.
Que estes erros (básicos, no meu entender) não se remitam, são os meus desejos.
Saudações Vitorianas.