D. Afonso Henriques

Findas as merecidas férias, eis-me de volta à nossa cidade e às lides bloguísticas.
Bem que eu gostava de estar nesta altura a regressar cheio de ânimo, empurrado por duas vitórias do nosso Enorme, e encontrar o blogue em estado de euforia.
A realidade, contudo, é outra. Dois jogos, duas derrotas. Cinco golos sofridos e um marcado. O blogue em estado de letargia.

Não obstante tudo isto, julgo não haver motivos para dramatismos e pessimismos doentios. A procissão ainda vai no adro e tudo pode (e deve!) (e vai!) mudar radicalmente.

Do que correu mal já toda a gente falou e discutiu aqui e noutros sítios.
Vamos por isso concentrar-nos no que correu menos mal e que nos pode dar esperanças para o futuro.

Em primeiro lugar, o povo vitoriano. Bem podem gatinhos e marroquinos esgadanharem-se com polémicas ridículas sobre quem é o 4º grande, que este início de época já mostrou a quem tem olhos na cara a grandeza da nossa massa associativa. Contra a Naval, quase 15.000 espectadores. Em Vila do Conde, estávamos em clara maioria e enchemos a bancada que nos foi destinada e onde durante mais de duas horas tisnámos ao sol. É impressionante.

Depois, algumas unidades novas mostraram já bom futebol, tendo outras mostrado indiscutíveis potencialidades para fazer uma boa época.
À frente de todos: Saganowski. Quer num jogo quer noutro gostei bastante do internacional polaco. E gostei sobretudo porquer o homem mostra que sabe o que está lá dentro a fazer. Tem sentido posicional, faro pelo golo e boa técnica. Assim comece a receber volume de jogo que se veja e penso que nos dará muitas alegrias.

De seguida, as vindas de Manoel e Dário. Embora o segundo jogo do brasileiro tenha sido terrível, ninguém duvidará de que se trata de um senhor jogador. Quanto ao Moçambicano, desde há alguns anos que venho dizendo que se trata de um grande avançado, pelo que espero venha a mostrar ser reforço a sério.

Gostei também do Rivas que apenas tem de aprender a soltar mais a bola (porque atributos técnicos tem para dar e vender), bem como do Neca que veio trazer qualidade ao nosso meio-campo.

Outros há que ainda não renderam, mas em quem confio para começarem a atinar, pois têm, quanto a mim, qualidade: Mário Sérgio, Paulo Sérgio e Clayton.

Em suma, julgo haver matéria prima. Não houve, se calhar, foi tempo para pôr esta malta a jogar junta como deve ser, pois que quase todos eles chegaram com a pré-época a decorrer e é ainda muito cedo para grandes entendimentos.

Para terminar, só queria referir o seguinte: aos 20 minutos do jogo com a Naval, já estava um vitoriano atrás de mim a mandar vir com a equipa. Por amor de Deus! Vamos ter calma e dar o benefício da dúvida a quem o merece. Paciência precisa-se.