D. Afonso Henriques

Nuno Assis é para mim, como já todos o sabem, e a larga distância, o melhor jogador do VITÓRIA.
Acho que se dúvidas houvesse, as mesmas foram definitivamente dissipadas nos jogos da pré época.
Ao que parece os Ingleses do Portsmouth, encantados com as (imensas) qualidades futebolisticas no nosso "mágico 10", querem contratá-lo para a época que está prestes a começar.
Nessa conformidade, e segundo o diário Britânico "The Sun", terão oferecido ao VITÓRIA, pela trasnferência do jogador, a quantia de 2 milhões de libras (cerca de 2.3 milhões de euros).
Há negócios que não se podem perder e este é claramente um desses negócios.
O "mágico 10", apesar de ser um fabuloso jogador, já tem 31 anos e, por isso, só jogará ao nível que nos habituou mais uma ou duas temporadas, o que significa que quando terminar o contrato (daqui por 2 anos), o seu valor nada terá que ver com o actual.
Ao que acresce que, pelo facto de ser o melhor do plantel, naturalmente terá um salário elevadissimo.
Ou seja, com a "venda" o VITÓRIA não só encaixava uma boa quantia de euros como ainda deixava de ter que suportar um salário mensal elevado.
E depois, com uma parte do dinheiro resultante da venda, seria sempre possivel adquir outro jogador para o mesmo lugar (de preferência jovem e que, depois de se valorizar no clube, poderia ser também transacionado) e/ou por ex. renovar o contrato do Sereno, de molde a que ele quando tiver que sair do VITÓRIA (o que, atendendo ao seu enorme potencial, será sempre uma inevitabilidade) permita também ao clube realizar mais um bom negócio.
Se é criticável a saída de jogadores como o Ghilas ou Pelé, principalmente nas circunstãncias em que o foram (sendo jovens e promissores), mais a mais num ano em que o clube ia disputar as competições europeias, com algumas probabilidades inclusivamente de chegar a uma das maiores "montras" do futebol mundial - "a champions league" - também deve ser criticada a perda da oportunidade de fazer um bom negócio com a venda de um jogador, mesmo sendo um extraordinário jogador, mas já na curva descendente da sua carreira e, ainda por cima, num ano em que apenas temos para disputar as competições internas, logo com uma "visibilidade" incomparável mais reduzida do que em anos em que, além destas, também disputámos as competições europeias.
Só desta forma é que clubes como o nosso podem ser "governados".
Bem sei que as noticias vindas nos jornais nem sempre correspondem à realidade, mas esta, a ser verdadeira, não pode deixar de ser aproveitada.
Ainda que, repito, com o negócio percámos a maior (para mim, única) estrela da companhia.