Isso! Seguir em frente!
Venho aqui concordar no essencial, com a maior parte do que aqui escreveu o nosso caro Jeremias...
...à excepção, claro (e digo claro, não por qualquer preconceito, mas porque já se percebeu que não partilhamos a mesma visão do que foi o seu consulado), dos parágrafos em que se fala de PM.
Também penso que andou bem a Mesa da Assembleia Geral ao não impedir que, por vontade de um membro da nova direcção, fosse dirigido convite a todos os antigos presidentes do Vitória. Fê-lo, concerteza, para não causar mais divisões e, estou certo, pelo que conheço das pessoas, contra a sua vontade e apenas porque essa unidade se levantou, como valor mais alto que é. Penso que andou mal, muito mal, PM ao comparecer in persona à chamada (motivou, de resto, como se sabe algumas ausências de vulto e mesmo duas retiradas em pleno acto, de dois outros antigos presidentes). Foi, na minha opinião, um acto de falta de bom senso, pois, inteligente que é, PM bem sabe que a sua presença ainda é factor de divisão, discórdia, mau estar. Sabe, ou tem obrigação de saber, que ainda não está ultrapassado o necessário período de nojo, que ainda é cedo (como será cedo por alguns anos, para VM). Digo isto porque, se de Vitor Magalhães se pode dizer que teve entrada de leão e saída de sendeiro, outro tanto é possível afirmar a propósito de PM. Digo isto porque enquanto não passar algum tempo sobre os últimos anos da gestão de PM e não estiver definitivamente esclarecido o assunto judicial que o opõe ao VSC, a sua presença, mesmo calado - o que, bem sabemos, não lhe é possível - cria embaraços, desconfortos e confusões e desconfianças. Ao falar (especialmente como falou, mas como poderia ele ser ele e falar de outra forma?), recria ou reabre feridas, segregações e divisões no seio da nossa família.
Como todos os factos históricos, PM necessita que algum tempo escorra ainda, para que possa ser analisado sem paixão, por todos os que, neste momento, apenas conseguem ser seus apoiantes ou detractores e não meros analistas objectivos do que foi o homem, o seu tempo e a sua marca.
A consciência de que passou à história do clube, se a tem, na minha opinião, devia ter-se manifestado através de uma ausência a este acto e a todos os do clube, durante algum tempo mais, que podia muito bem ter sido elegante e solidariamente substituída por uma carta dirigida à nova direcção. Mas não resistiu. O homem não é discreto, bem o sabemos. Esteve mal e prejudicou.
É que, se é um bom início - a verificar-se o que diz Jeremias - que o homem tenha já consciência de ser passado do clube - primeiro passo essencial para que o seja efectivamente -, a verdade é que nunca o será quando quiser, mas apenas quando o colectivo tiver dele essa imagem. Ora, essa não é a realidade actual, e as suas infelizes declarações apenas contribuem para alongar o processo. Não é com álcool que se saram feridas.
Para mim, significou, ao invés, um passo atrás, Jeremias, um claro arrepio no caminho. Espero que não seja o início de uma caminhada.
Faço minhas as tuas palavras: assim seja!
Saudações vitorianas.
...à excepção, claro (e digo claro, não por qualquer preconceito, mas porque já se percebeu que não partilhamos a mesma visão do que foi o seu consulado), dos parágrafos em que se fala de PM.
Também penso que andou bem a Mesa da Assembleia Geral ao não impedir que, por vontade de um membro da nova direcção, fosse dirigido convite a todos os antigos presidentes do Vitória. Fê-lo, concerteza, para não causar mais divisões e, estou certo, pelo que conheço das pessoas, contra a sua vontade e apenas porque essa unidade se levantou, como valor mais alto que é. Penso que andou mal, muito mal, PM ao comparecer in persona à chamada (motivou, de resto, como se sabe algumas ausências de vulto e mesmo duas retiradas em pleno acto, de dois outros antigos presidentes). Foi, na minha opinião, um acto de falta de bom senso, pois, inteligente que é, PM bem sabe que a sua presença ainda é factor de divisão, discórdia, mau estar. Sabe, ou tem obrigação de saber, que ainda não está ultrapassado o necessário período de nojo, que ainda é cedo (como será cedo por alguns anos, para VM). Digo isto porque, se de Vitor Magalhães se pode dizer que teve entrada de leão e saída de sendeiro, outro tanto é possível afirmar a propósito de PM. Digo isto porque enquanto não passar algum tempo sobre os últimos anos da gestão de PM e não estiver definitivamente esclarecido o assunto judicial que o opõe ao VSC, a sua presença, mesmo calado - o que, bem sabemos, não lhe é possível - cria embaraços, desconfortos e confusões e desconfianças. Ao falar (especialmente como falou, mas como poderia ele ser ele e falar de outra forma?), recria ou reabre feridas, segregações e divisões no seio da nossa família.
Como todos os factos históricos, PM necessita que algum tempo escorra ainda, para que possa ser analisado sem paixão, por todos os que, neste momento, apenas conseguem ser seus apoiantes ou detractores e não meros analistas objectivos do que foi o homem, o seu tempo e a sua marca.
A consciência de que passou à história do clube, se a tem, na minha opinião, devia ter-se manifestado através de uma ausência a este acto e a todos os do clube, durante algum tempo mais, que podia muito bem ter sido elegante e solidariamente substituída por uma carta dirigida à nova direcção. Mas não resistiu. O homem não é discreto, bem o sabemos. Esteve mal e prejudicou.
É que, se é um bom início - a verificar-se o que diz Jeremias - que o homem tenha já consciência de ser passado do clube - primeiro passo essencial para que o seja efectivamente -, a verdade é que nunca o será quando quiser, mas apenas quando o colectivo tiver dele essa imagem. Ora, essa não é a realidade actual, e as suas infelizes declarações apenas contribuem para alongar o processo. Não é com álcool que se saram feridas.
Para mim, significou, ao invés, um passo atrás, Jeremias, um claro arrepio no caminho. Espero que não seja o início de uma caminhada.
Faço minhas as tuas palavras: assim seja!
Saudações vitorianas.
2 Comentários:
Às 14 março, 2007 13:26 , Jeremias disse...
Caro N´Dinga
Embora tenhamos opiniões diferentes não tenho nenhuma dificuldade em concordar com o seu ponto de vista acerca do que devia ter sido,e não foi,a postura de Pimenta Machado na posse da nova direcção.
Era uma daquelas ocasiões em que o silêncio é de ouro !
O estar presente,sinceramente,achei bem na optica de ser uma forma de reconhecer que o futuro é com outros.
Acredite que,ao contrário do que pensa o nosso Capitão,em termos de Vitória não sofro de nenhum tipo de ingenuidade.
Acho que você põe muito bem a questão de ser necessário passar tempo,bastante mais tempo,para que possa ser feita uma analise fria e objectiva do que foram os mandatos de PM no Vitória.
Que tiveram muita coisa positiva e algumas coisas muito negativas.
O que lhe posso dizer,porque tenho a memoria historica que os anos dão e conheci os mandatos de alguns dos presidentes que o antecederam,é que PM deixou um Vitória bem maior e bem melhor do que o Vitória que encontrou.
Com ajudas de Câmaras e Governos PSD e PS,é certo,com o apoio inicial da Unidade Vimaranense,com o apoio quase unânime dos sócios durante grande parte da sua presidência,com todos esses apoios e outros a verdade é que nesses vinte anos (porque os quatro ultimos foram de facto maus por varias razoes)trasnformou o Vitória num grande clube.
Em património,em palmarés (menos titulos que nunca conseguiu),em prestigio nacional,em respeito por parte de outros agentes desportivos.
Mas tudo isso é passado.
Importa seguir em frente.
Com outros protagonistas,outros objectivos,novas ambições.
Se os problemas judiciais de PM vierem a ser resolvidos,da forma que penso que vão ser,ele no futuro poderá ser um apoio importante para esta ou outras direcções do clube.
"Jogando" por fora,certamente,mas pondo ao serviço do Vitoria a experiencia e conhecimentos que 24 anos de futebol lhe deram.
Se não quiser,ou a via judicial indicar outro caminho,o Vitória continuará o seu percurso sem problemas.
Se há coisa que 85 anos de história nos ensinaram é que o clube é muito mais importante do que aqueles que o serviram.
Fosse como atletas,técnicos,funcionários ou dirigentes.
Sou daqueles que pensa que os antigos presidentes como Antero Henriques da Silva Junior,Gil Mesquita ou António Rodrigues Guimarães,para além de PM,tem sempre um papel a desempenhar no seio do clube.
São os nossos "senadores" !
Saudações Vitorianas
Às 14 março, 2007 16:16 , Anónimo disse...
Afinal, estamos quase em absoluta sintonia. Se, ao longo do tempo, várias vezes dei de mim a ideia de alguma extremidade na opinião acerca de PM, fi-lo conscientemente, por necessidade de relembrar que houve coisas muito más, pelo menos no final da sua gestão, que, eu, pessoalmente, não posso esquecer. Bem sei que o que diz sobre o longo percurso de 24 anos é verdade. Tenho consciência do que o Vitória deve a PM. Não pretendo diabolizar a figura, nem menosprezar o seu contributo. Sei é que, se o Vitória deve muito a PM (e, de resto, aos demais por si elencados), ele deve igualmente muito ao Vitória. E devia-nos, pelo menos, não ter saído como saíu. Todos temos um tempo e é minha convicção sincera que o tempo de PM já tinha acabado uns dois mandatos antes de ele ter decido sair, da forma pouco edificante como o fez. Poucos sabem sair no tempo certo, PM, claramente não soube. Foi uma desilusão.
Por isso sei que é muito provavel (e desejável, até) que tenha um futuro no clube, como conselheiro precioso, com a sua experiência.
O problema é que, em poucos anos, desbaratou um capital enorme de confiança quase cega e apoio por parte dos sócios e tem de aprender a viver com isso. Com esse seu erro. Tem de compreender isso mesmo: foi só culpa sua o colocar-se nesta posição. Tem de dar tempo ao tempo e aguardar serenamente que todas essas memórias se desvaneçam e voltem a estar presentes apenas as dos sucessos e crescimento e solidificação do clube. Não é assim que lá vai.
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