D. Afonso Henriques

... acerca da A.G..
Vai realizar-se hoje, no meu entender, uma das mais importantes Assembleias Gerais do Vitória! Bem mais importante que a anterior, porque sempre fui da opinião que os sócios devem ser esclarecidos da situação do clube, como aconteceu na ultima, mas acima de tudo devem ser também chamados na hora da verdade para assumir as suas responsabilidades.
E é disso que se trata hoje!
Há que assumir responsabilidades, meus amigos! Basta de atirar pedras por detrás dos arbustos, e em caso de discordancia, há que apresentar soluções. E quem não tiver soluções, ou quem não tiver experiencia pessoal e profissional, para fundamentar as suas opiniões vindo do NADA, tem mais é que se calar e deixar trabalhar quem sabe.
Eu sinceramente, tenho as minhas ideias bem claras, sei o que quero para o Vitória, e vou tentar expo-las e dar a minha melhor explicação a seguir:

1º - Acredito, conheço e reconheço a capacidade de gestão do Presidente Vitor Magalhães. Começo por esta, por para mim ser a mais importante. Como reconheço a minha incapacidade para debater e opinar sobre certos negocios, como reconheço neste Homem uma capacidade de gestão acima da méida, provada ao longo da sua vida empresarial e num acto de pura humildade, conscientemente, em caso de duvida voto a favor do homem. E assumi-la-ei no futuro como sócio do Vitória.

2º - Com base na minha pouca experiencia empresarial, reconheço que muitas vezes, há que por o patrimonio das empresas "atravessados" na Banca, para se conseguir soluções financeiras a curto prazo. Estas soluções visam, como é o caso, investimentos, que depois de devidamente estudados e fudamentados os retornos, e conhecendo-se a situação financeira do Vitória, são necessários. Logo, se na Assembleia pedirem o meu voto para hipotecar o estádio ou outro qualquer bem do Vitória, desde que expliquem os moldes, os fins e os os retornos esperados, tê-lo-ão!

3º - Penso que a solução imediata para a rapida solução de qualquer crise, passa por retirar mais valias dos "activos" que as empresas possuem. Passo a explicar de uma forma prática: No caso de uma empresa possuir as instalações, em sitio imobiliário previligiado, e se numa situação de aperto, aparecer um empreiteiro a oferecer, a construcção das mesmas instalações ou melhores noutro sitio mais o real valor em dinheiro, em troca do terreno, não deve a empresa aceitar? Deve ficar agarrada a valores, como, "foi construida pelo meu pai" ou "foi aqui que eu trabalhei durante toda a minha vida"? Isso é de uma tacanhez empresarial tremenda, digo eu. Logo, se fosse eu o dono dessa empresa, aceitava de imediato! Isto para explicar, que se esta direcção, com transparencia, explicar que há alguem interessado, na aquisição da Unidade, para construção imobiliária, e em troca oferecer um complexo melhor na Abação ou no Motelo ou na Lapinha e contrapartidas financeiras que a direcção ache proveitosas para o Vitória, e que está disposta a aceitar, e se pedirem o meu voto tê-lo-ão.

Aceito que me digam que as minhas opiniões são cómodas e proventura básicas, mas eu vejo o problema mesmo assim. Alguns assuntos, como os de hoje, deveriam ser discutidos por um numero de sócios que realmente tivesse conhecimentos académicos e experiencia profissional para os discutir! Porque meus amigos, discutar a hipoteca ou venda, ou o recurso ao crédito bancário de centenas de milhares de euros, com alguém que esteve na tasca a tarde toda, ou com um médico, ou com um atleta ou com um advogado ou com um empresário com pouca experiencia, a mim não me parece a melhor solução!
Eu não estou a ver o Sr. Vitor Magalhães a dar dicas ao Dr. Salazar Coimbra de como tratar um atleta, ou dizer como deve o advogado do clube agir neste ou naqule processo. O Homem é bom a gerir, prova-o a sua vida empresarial feita do nada, prova-o a obra deixada em Moreira, por isso deixem esse assunto com ele e com os sócios que percebam disso.

Há a ideia instalada nos sócios do Vitória, que o património é intocavél, que não se pode hipotecar nada nem vender coisa alguma, o que é o mais perfeito disparate! Não é solução para nenhuma empresa o recurso ao crédito dos gestores! O Clube tem que ser autonomo, mas para isso é preciso os sócios deixarem. Eu como sócio vou deixar trabalhar quem sabe!!!

Saudações Vitorianas