O bardo...
Na aldeia dos irredutíveis gauleses Astérix e Obélix, vivia um bardo com o nome de Assurancetourix.
O seu instrumento preferido era uma harpa, mas as suas prestações musicais eram uma verdadeira calamidade cacofónica.
O bardo era uma personagem simpática, e na aldeia todos gostavam dele… desde que se mantivesse no mais absoluto silêncio, claro.
O som desafinado da sua harpa e o timbre estridente e ainda mais desafinado da sua voz, eram um verdadeiro suplício para quaisquer ouvidos, por mais duros que fossem.
Sempre que havia uma festa, Assurancetourix tinha uma renovada esperança de poder fazer finalmente a sua aparição apoteótica.
Para Assurancetourix, a sua genialidade musical era uma verdadeira benção de Toutatis para o povo da sua aldeia.
Mas quem não ia nessa conversa eram os gauleses que, ciosos da integridade dos seus tímpanos e temerosos do sofrimento atroz porque teriam de passar, sempre evitavam, de uma maneira ou de outra, que o bardo lhes estragasse a festa.
E não era só pela vergonha porque teriam de passar, caso houvesse convidados à ceia. Eles queriam mesmo era evitar a tortura que seria por certo a sua actuação.
A bem de todos, o melhor era mantê-lo longe do palco, preso e em silêncio.
É que, ao bardo Assurancetourix, nem aparecer na altura do café lhe era permitido…
José Rialto
Etiquetas: Ibraim
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