D. Afonso Henriques

O momento actual do Vitória é da maior gravidade.

Não se sabe ao certo qual será verdadeiramente o passivo do clube, mas se os números apontados já chegam aos 19 milhões de euros, receio bem que eles possam efectivamente ultrapassá-los largamente.

A verdade é que não é possível reequacionar o nosso clube, se não se souber ao certo este valor, bem como, e ainda mais importante, o do passivo exigível a curto prazo.

Mas outras realidades há que também urge conhecer, como o dos bens que estão hipotecados.

Só com o cabal esclarecimento da situação financeira do clube será possível definir, de uma forma consciente e responsável, a melhor estratégia para sair deste pesadelo em que nos meteram.

A questão da SAD é uma questão que provavelmente será imposta pela própria situação actual, e que também terá de ser avaliada. Mas, para isso, é bom que a situação nos seja explicada.

A minha esperança é que os ventos de mudança que agora sopram, nos tragam um clube com uma gestão responsável, competente, honesta e transparente.

Por todas estas razões, junto eu a minha voz à daqueles que clamam por uma auditoria às contas do clube, para que seja completamente clarificada a sua situação financeira.

Seja ela má, péssima ou mesmo calamitosa (como bem receio), o importante é que se saiba realmente qual ela é.

E, para isso, não há qualquer necessidade de se gastar muito dinheiro com auditorias externas realizadas por empresas consagradas.

A tal auditoria interna de que tanto se fala, formada por uma base alargada de vitorianos especialistas na área financeira, seria com certeza a melhor solução.

Aquilo que eu espero, é que essa auditoria possa ser efectivada rapidamente.

O estado actual do Vitória não se compadece com mais perdas de tempo.

O tempo urge...

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