O estado a que chegámos
Confesso que tenho andado completamente alheado de muito do que se passa à volta do nosso clube. Na verdade, esta espécie de modorra instalada pela Direcção tem o efeito perverso de contagiar muitos vitorianos (eu incluído) que se vão distanciando de tudo o que acontece no clube e que não seja o pontapé na bola. Nada mais errado. Mas nada que não seja, infelizmente, expectável.
Serve isto para dizer que só hoje consegui perceber efectivamente esta história que se passou na última AG e da qual só muito por alto tinha ouvido falar.
Posta a escrita em dia, tenho a fazer os seguintes comentários:
1. Ameaçar que se põe processos é fácil. Pô-los, já é mais difícil. Ganhá-los, num caso com estes contornos, é impossível.
2. É impossível porque ninguém será seguramente condenado por, no local próprio para o efeito, perguntar ao Presidente do Vitória se determinada estória é verdade. Já lá diz o povo na sua infinita sabedoria, que perguntar não ofende. E se a pergunta é feita nas circunstâncias e no modo em que esta foi, menos ainda.
3. Esta lamentável estória diz muito sobre aquilo que, como um dia disse alguém, é "o estado a que chegámos".
4. Um Presidente que, perante uma pergunta de um sócio, ameaça com processos, naquilo que só pode ser classificado como uma tentativa de o calar.
5. Um Presidente que, no que toca à matéria sobre que incidia a pergunta, é contrariado por nada menos de seis pessoas que assistiram ao sucedido.
6. Um Presidente que, a crer no que todos eles disseram, disse aquilo que disse e que nem vou classificar. Direi só que é o tipo de afirmação que um vitoriano a sério nunca faria.
É este o estado a que chegámos. O lamentável estado a que chegámos e que muitos, uns por acção, outros por omissão, ajudaram a que acontecesse.
O Miguel Salazar não foi seguramente um deles.
Serve isto para dizer que só hoje consegui perceber efectivamente esta história que se passou na última AG e da qual só muito por alto tinha ouvido falar.
Posta a escrita em dia, tenho a fazer os seguintes comentários:
1. Ameaçar que se põe processos é fácil. Pô-los, já é mais difícil. Ganhá-los, num caso com estes contornos, é impossível.
2. É impossível porque ninguém será seguramente condenado por, no local próprio para o efeito, perguntar ao Presidente do Vitória se determinada estória é verdade. Já lá diz o povo na sua infinita sabedoria, que perguntar não ofende. E se a pergunta é feita nas circunstâncias e no modo em que esta foi, menos ainda.
3. Esta lamentável estória diz muito sobre aquilo que, como um dia disse alguém, é "o estado a que chegámos".
4. Um Presidente que, perante uma pergunta de um sócio, ameaça com processos, naquilo que só pode ser classificado como uma tentativa de o calar.
5. Um Presidente que, no que toca à matéria sobre que incidia a pergunta, é contrariado por nada menos de seis pessoas que assistiram ao sucedido.
6. Um Presidente que, a crer no que todos eles disseram, disse aquilo que disse e que nem vou classificar. Direi só que é o tipo de afirmação que um vitoriano a sério nunca faria.
É este o estado a que chegámos. O lamentável estado a que chegámos e que muitos, uns por acção, outros por omissão, ajudaram a que acontecesse.
O Miguel Salazar não foi seguramente um deles.
6 Comentários:
Às 20 julho, 2011 20:08 , Ernesto Paraíso disse...
Ó FAXAVOR:
de afonsão, não se arranja nada?...
digo eu...
Às 21 julho, 2011 11:00 , Saganowski disse...
Meus caros, o grande problema de um clube como o nosso, além de ter um presidente que não percebe nada do assunto...é não haver uma oposição visível e organizada!
Quando não há revolta, as tropas adormecem...e depois não há quem nos defenda!
Às 22 julho, 2011 18:05 , Pedro Mendes disse...
Tive oportunidade de assistir à intervenção do Miguel Salazar na assembleia e fui acompanhando o caso no pouco tempo livre que tenho tido nos últimos dias (vida de pai não é fácil!!!) .
A exposição detalhada dos factos e posterior pergunta ao presidente da direcção do Vitória foram colocados em local próprio (AG) e o presidente, com a ajuda da sua "televisão privada" é que a trouxe ao domínio público.
Notou-se, pela descrição detalhada que fez do episódio, que o Miguel Salazar teve o cuidado de falar ou contactar com os vários dos intervenientes e confirmar a veracidade dos factos que expôs. No fim perguntou ao presidente se era verdade.
Fiquei com a clara impressão que a pergunta incomodou o presidente do Vitória, que deu uma resposta evasiva e pouco esclarecedora, como aliás o fez em todas as outras respostas que deu na AG.
Dito isto, fiquei com a plena convicção de que o episódio relatado aconteceu mesmo, e mais convicto fiquei com os posteriores testemunhos de jogadores e assessores.
Para ser totalmente justo tenho que referir que conheço pessoalmente o Miguel Salazar e não conheço o presidente do Vitória, facto que poderá ter influência na minha análise dos acontecimentos.
Agora o que não pode acontecer, é depois da "tempestade inicial", tudo isto cair no esquecimento. Dá a ideia que depois das infelizes declarações do presidente do Vitória no fim da AG, qual rambo que ia partir tudo, alguém o aconselhou a ter calma e deixar as àguas acalmarem. Porque tudo isto, a ser verdade, é demasiado grave.
Ontem foi no voleibol, amanhã será no basquetebol ou no futebol. Não podemos ter este tipo de pessoas a liderar o nosso clube! Não podemos compactuar com este silêncio ensurdecedor, não podemos ter um presidente que se supõe praticar actos desta gravidade. Há que esclarecer cabalmente esta situação.
À primeira vista parece-me que caberia ao presidente da AG convocar um assembleia extraordinária para debater o assunto, caso não o faça, terão que ser os sócios.
E para isso eu digo presente!
Às 22 julho, 2011 23:06 , Jeremias disse...
Na euforia da contratação do Pedro Mendes (jogador)os vitorianos resvalam para a habitual tendência de sobreporem a ilusão futebolistica a tudo o resto.
Alguns,porventura, acharão que por o episódio se ter passado no voleibol é irrelevante porque se fosse no futebol aí sim seria gravissimo.
Outros ainda, porque a esmagadora maioria não foi á assembleia geral,terão passado ao lado deste assunto.
Como tem passado ao lado de outros.
Desde os mirificos 4 milhões de receita á publicidade nas camisolas que tinha 3 ou 4 interessados e afinal não tem nenhum.
Ou a espantosa verba de 500.000€ orçamentados para multas!
500.000€!!!
E é nesta "doce ilusão" que os vitorianos vão vivendo.
Com o clube sem rumo,sem estratégia,com navegação á vista.
Com protocolos de teor desconhecido, com direitos de preferência sobre jovens da formação não se sabe a troco de quê,com um misterioso fundo de investimento a comprar parte do passe de um jogador sem se saberem,uma vez mais, as verdadeiras condições do negócios.
O Vitória vai por um caminho que acabará na sua destruição.
O nosso CAPITÃO,que tem escrito pouco mas quando o faz...faz muito bem,bem diz que o estado lamentável a que o clube chegou se deve á acção de uns(poucos) e á omissão de outros(muitos).
Estou inteiramente de acordo com ele.
Nisso e no facto de o Miguel Salazar ser um dos poucos que vem alertando de há muito tempo a esta parte que o "Milo vai nú".
Infelizmente as pessoas preferem assobiar para o lado.
Estou muito preocupado com o Vitória.
Às 25 julho, 2011 20:17 , Miguel Salazar disse...
"O Milo vai nu", parece-me um excelente mote para o meu próximo cartoon.
Fico-lhe a dever essa, Jeremias...
Às 27 julho, 2011 10:32 , Ibraim disse...
“He who passively accepts evil is as much involved in it as he who helps to perpetrate it. He who accepts evil without protesting against it is really cooperating with it.”
Martin Luther King
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