28.4.11

Eu vou ao Jamor, felizmente!!

Nunca fui à povoa ver o mar na década de sessenta ou setenta, até porque não sou dessa geração, muito menos de autocarro, por isso não sei de que fala o amigo Jeremias. Muito menos tive por divertimento e por ocupação dos tempos livres tal passatempo que o amigo Jeremias descreve. Felizmente a minha geração tinha coisas mais interessantes para fazer. Mas já estive no Jamor e por duas vezes, mas nunca a ver o VITORIA, E gostei do que vi. Por algum motivo chama-se à final da taça FESTA DO FUTEBOL. E sim, aquilo é uma verdadeira festa. Se a final da taça fosse jogada noutro qualquer estádio seria tipo uma final da taça da liga. Não haveria a festa do futebol. Eu não me colo àquela figura do Porto chamado Pinto da Costa, que fala do Jamor como se falasse do Sul inteiro, e em particular quando identifica o Benfica, o seu ódio de estimação, com toda uma região. Isso é uma guerra particular dele e dos seus seguidores. Num pais tão pequeno falar-se de norte e sul é completamente ridículo. Mas enfim, é o futebol no seu pior. No entanto há outro motivo para ser no Jamor, é a capacidade que o estádio tem, 41 000 pessoas, e em Portugal só os estádios dos três estarolas tem esta capacidade. De certeza que o Pinto da Costa preferia que a final fosse no estádio do Dragão, como noutros tempos o foi, mesmo quando era o Porto a chegar à final da taça. Pois, isso era o ideal, e se calhar até alguns vitorianos que são contra o Jamor iam dizer que era melhor, para poupar dinheiro numa altura de crise. Pois, mas esses felizmente são uma minoria.
Outro pormenor seria, se a final da taça fosse com uma equipa da Madeira, para os que defendem a proximidade do local com os clubes envolvidos, jogar-se-ia a final no meio do… Oceano. Não seria mal pensado.
Como aqui foi dito, os vitorianos que querem a festa do futebol no Jamor são tacanhos, é como a malta que via o mar pela primeira vez, como escreveu o nosso decano. Com todo o respeito, quem não quer o Jamor bebe do mesmo sitio que o Pinto da Costa, e presta vassalagem ao Porto que tem sido ao longo dos anos o único clube que tem carregado esta bandeira, e a quem se juntam de vez em quando algumas vozes isoladas de outros clubes. Eu estou farto de vassalagens ridículas e parolas do Vitoria com os três estarolas.


Vejamos os argumentos de quem não quer o Jamor:
- Distancia dos clubes envolvidos na final ao local da mesma, sim, de o jogo fosse em Coimbra em vez de 300 km, faziam 200, uma grande diferença sem duvida. Lá voltamos ao exemplo das equipas da Madeira e dos Açores. Mas esta justificação da distância é apenas provinciana.
Então se a final da Liga Europa for Porto/ Braga pedimos à UEFA para o jogo ser no estádio do Trofense que fica a meio caminho dos dois? Se calhar não, e se calhar o estádio de Dublin enche na mesma.
- Segurança: Falso, é tão seguro como outro qualquer estádio antes de um jogo e nas imediações. E mais digo, das vezes que lá fui NUNCA vi a mais pequena escaramuça entre adeptos, e vi sempre famílias inteiras juntas no futebol, o que noutros lados sabemos que é impossível.
- Dificuldades financeiras numa altura de crise para as pessoas se deslocarem “tão longe”. Importam-se de repetir?????? Mas alguém não vai por causa disto???? Fosse no jamor ou no Algarve???? Só mesmo quem procura ter alguma popularidade mesquinha pode-se lembrar de uma coisa destas, como o fez o nosso treinador MM. Põe a equipa é a jogar á bola como deve ser que se jogares a final na China tens a casa cheia de vitorianos.
O verdadeiro motivo para alguns, principalmente os do Porto, é um sentimento e complexo de inferioridade em relação a Lisboa. Ora bem, eu sou do NORTE do Pais com muito orgulho, mas acima de tudo sou Português. Por isso, e como disse antes, num pais tão pequeno é no mínimo ridículo estas guerras Norte/Sul. Não sofro desse complexo, felizmente.
E mais, no regulamento da Taça diz que a final é no Jamor, Quem não concorda é livre de não jogar a competição, ou fazer para perder como fez o Vitoria na taça da liga, que segundo MM era um conjunto de treinos. Mas sempre que o Porto chega á final da competição levanta-se este problema. Eu pessoalmente estou farto de os ouvir, mas pelos vistos agora há mais algumas vozes que se juntam aos tripeiros, curiosamente vindas da esfera vitoriana.


A festa é no Jamor porque sim, e quem não gosta que fique em casa, não é obrigado a ir. Ou então, se não gosta de piqueniques pode sair de Guimarães depois do almoço, ou ir antes do jogo ao jardim zoológico passear. Eu gosto daquele ambiente, porque já o conheço e em duplicado, e fiquei sempre a imaginar como seria quando um dia fosse o VITORIA a lá estar. Vou saber dentro de dias, e vai ser certamente mais um dia inteiro da festa que é a final da Taça de Portugal no Estádio Nacional.

publicada por Edmur @ 19:40  

12 Comentários:

  • Às 28 abril, 2011 21:19 , Blogger Pedro Mendes disse...

    E quem disser o contrário enche 100!
    Ah grande Edmur, estou contigo!

    Eu também quero ir ao Jamor, mais não fosse para contrariar o Porco da Costa.

    E digo mais, se ganharmos, no regresso o Afonsão pára na "Póboa" e vamos todos dar um mergulho ao Mar!

    Só essa faltava, tanto tempo à espera e agora fazia-se o jogo em Coimbra ou Aveiro?!?!?! Nem pensar!

    Jamor, Jamor, Jamor!!!

    PS. O tintol já está reservado!

     
  • Às 28 abril, 2011 23:33 , Blogger Ibraim disse...

    Ó caríssimo Edmur, não consigo perceber donde é que foste desencantar tanta azia.
    É que a coisa é tão ácida, tão ácida, que até parece turvar-te o espírito e confundir-te a argumentação.
    Então a diferença entre jogar em Coimbra ou em Oeiras é entre 200 e 300km? Que eu saiba, a diferença é um pouco maior, entre 200 para Coimbra, e 600 para Oeiras, uma vez que julgo que nenhum de nós tencione lá ficar...
    Então a comparação entre uma final que é sempre no mesmo sítio e uma outra (a da Liga Europa) que varia todos os anos...
    E, finalmente, quanto à segurança, com o comentário que fizeste dá mais a sensação de que nunca lá foste.
    É que eu também já lá estive, por duas vezes, e lembro-me bem que para se conseguir sair daquele estádio, se demora, NO MÍNIMO, meia hora, uma vez que a saída se faz por uma ou duas portas de cada lado. O que está em causa não são eventuais confrontos, mas sim o tempo que será necessário para efectuar uma eventual evacuação.
    E tudo isto, meu caro Edmur, independentemente de se concordar com a realização da final no estádio do Jamor.
    A tua opinião é tão válida como qualquer outra, como é óbvio. O mesmo não se poderá dizer é dos teus argumentos...

     
  • Às 29 abril, 2011 02:30 , Blogger Edmur disse...

    Caro Ibraim, o probelma é que eu nao moro no Porto, como alguns. Se calhar ja nao sabes bem as distancias. Mas eu elucido-te, de Guimaraes e Coimbra sao quase 200 Km. Mas a questao nao erada distancia em si, mas como os meus argumentos nao valem nada nao me vou cansar a responder... eu so tenho mesmo um clube, e nao me revejo em nada ou ninguem de outros, nem nutro simpatias por mais nenhum.. quanto aos meus argumentos, valerao certamente tanto como os teus, os do jeremias, do pedro mendes ou de outro qualquer... e como disse, estive lá DUAS vezes, acredites ou nao. Fica registada a tua opiniao, e os teus argumentos tambem....

     
  • Às 29 abril, 2011 02:32 , Blogger Edmur disse...

    Para terminar, certamente gostaste mais do argumento que o vitoriano que quer ir ao Jamor é parolo.. pronto, eu assumo que sou, parabens a quem nao o é..

     
  • Às 29 abril, 2011 09:02 , Blogger Ibraim disse...

    Tu terás terminado o teu comentário, mas eu ainda não...
    Não pude deixar de apreciar a tua argumentação em relação às distâncias: de facto errei ao calculá-las a partir do Porto - é certo -, mas também não será menos correcto se te disser que, que se consideras que de Guimarães a Coimbra são quase 200km, então de Guimarães a Oeiras serão quase 400, o que fará com que ida-e-volta sejam 400 ou 800. Se esta diferença para ti não é importante, sê-lo-á certamente para muitos outros. De qualquer modo, gostaria de te relembrar que quem criticou esse argumento foste tu e não eu. Eu apenas te quis demonstrar a fragilidade da tua argumentação.
    Quanto aos teus cansaços de argumentação... só poderei mesmo dizer que, assim sendo, te cansas com pouco...
    Finalmente, e agora sim para terminar, devo relembrar-te que conforme poderias reparar se tivesses lido o meu comentário com atenção, eu nem tampouco disse qual era a minha opinião sobre o local da final da Taça.
    Apenas estranhei os argumentos que utilizaste, a amargura com que o fizeste e principalmente a animosidade...

     
  • Às 29 abril, 2011 12:46 , Blogger Jeremias disse...

    Eu também vou ao Jamor!
    Como vou ao D.Afonso Henriques, a outros estádios em que o Vitória joga independentemente do estado exibicional da equipa, ou ao nosso pavilhão apoiar o basquetebol e o voleibol sempre que me é possivel.
    Nessa matéria não recebo lições de vitorianismo de ninguém.
    Eu sei ,de há muito ,que ter opiniões é mais incómodo do que alinhar com as maiorias que é sempre a solução mais fácil.
    Sendo certo que na génese das maiorias muitas vezes está o ter razão.
    Procuro é fundamentar as minhas opiniões,sejam maioritárias ou minoritárias,com base em convicções que resultam de refexão ponderada e sem necessitar de as expor com agressividade ou na base de insinuações e suposições que apenas contribuem para inquinar qualquer debate.
    Não vou, pois, responder ao EDMUR no mesmo tom que ele empregou para escrever o post aou até para responder ao IBRAIM.
    Não é o meu estilo nem de estilo preciso mudar para tentar acrescentar pela via do ruido mais razão ás minhas razões.
    Direi apenas o seguinte:
    Expus factualmente uma memória longinqua da minha infância com todo o respeito por aqueles que,se calhar com sacrificio,apenas podiam ir á praia ao domingo.
    Ao contráriode mim que graças aos meus pais podia lá estar um mês inteiro.
    Em momento algum,bastará consultar o meu texto,os apelidei de "parolos" ou "tacanhos".
    Muito mal me conhece quem me suponha capaz disso.
    Também não ando,porque não quero nem preciso, em busca de "popularidade mesquinha".
    Seria ridiculo, se isso fosse ambição minha,fazê-lo num blogue onde todos escrevem sobre pseudónimo.
    Não aceito, que fique bem claro, insinuações sobre simpatia por outro clube ou pretensas vassalagens ao Porto ou ao seu presidente.
    Acho-as injustas e indignas.
    Porque o meu percurso vitoriano,para quem o conhece,fala por si.
    E se é fácil criticar e confrontar os 3 estarolas, ou o Braga, em blogues onde se escreve sob pseudónimo bem mais dificil é fazê-lo noutros espaços como todos sabemos.
    Não tenho é complexos quanto ao Porto nem problema nenhum em lhes dar razão naquilo que acho que eles tem razão.
    Como é o caso do Jamor.
    Só por piada, ou desconhecimento, se pode dizer que o Jamor é tão seguro como a Luz,Dragão ou Alvalade.
    Porque os estádios dos 3 estarolas estão aprovados pela UEFA para finais europeias enquanto o Jamor nem para pré eliminatória da liga europa serve.
    Fico feliz,sinceramente, por haver vitorianos para quem fazer quase 800 klm para ir e vir (é, o regresso também conta) ao Jamor é igual a fazer 320 klm para ir e vir a Coimbra.
    Porque se em fervor e vontade de seguir o clube qualquer um vai até ao fim do mundo , em termos económicos não é a mesma coisa sair de casa depois de almoço,ver o jogo e ainda ir jantar ou cear a casa.
    Para além do que se poupa em combustivel e portagens.
    Em familias inteiras (é,também vão familias á final da taça) pode ser a diferença entre o ir e o não ir.
    Até porque os bilhetes também custam dinheiro.
    Em suma reitero tudo o que escrevi agora e anteriormente.
    Vou ao Jamor.
    Pela segunda vez ver o Vitória numa final de Taça.
    Considerando que é um estádio velho,antiquado e sem condições de conforto,higiene e segurança dignas de um jogo com esta importância.
    Esperando que tudo corra pelo melhor e que o Vitória traga um troféu que já nos faz falta há muito tempo.
    Mas defenderei sempre, aqui e noutros espaços,que o regulamento da final deve ser mudado de molde a que o estádio apenas seja escolhido depois de definidos os finalistas e por acordo entre eles.

     
  • Às 29 abril, 2011 13:10 , Blogger Ernesto Paraíso disse...

    Está visto que esta coisa do local da final é controversa, mesmo entre seguidores de equipas que distam centenas de km de Oeiras.

    O que cada um valoriza é diferente, e isso obviamente conduz a posições diferentes. Como estamos no futebol, as opiniões são apaixonadas.

    O que consigo reter, (e não falando só do que li por aqui), é que uns valorizam a tradição e o simbolismo, atribuindo ao Jamor um valor em si.
    Outros, com valores regionalistas, relacionam a final do Jamor com o centralismo do país, e rejeitam esse símbolo (embora nada mudem na crua realidade da macrocefalia de Lisboa). Outros ainda, valorizariam mais a comodidade e a economia proporcionada por um estádio mais próximo.


    Já agora dou a minha opinião:
    Gostaria que a final fosse em Aveiro, porque é mais próximo, tem condições de estacionamento, mas, PRINCIPALMENTE porque tem uma capacidade (30 mil) que permitiria uma equidade entre as claques apoiantes.

    No Jamor, maior e mais distante, não acredito que tal seja possível. Teremos 10-12 mil vitorianos, contra 28 -30 mil portistas

     
  • Às 29 abril, 2011 15:07 , Blogger Rui Rodrigues disse...

    nesta matéria estou muito dividido.
    Entre o gosto por ir ao Jamor e as opiniões estruturadas das velhas guardas Jeremias e Ibraim.
    Porque o post do "Rambo" Edmur não tem por onde se lhe pegue.
    Querendo defender o Jamor é tão fraquito a argumentar que só prejudica a tese.
    Por mim a final deve ser no Jamor porque é um lugar mitico e com grande tradição de finais. As pessoas de todos os clubes gostam de lá ir menos os do porto mas esses também estão sempre contra o mundo.
    mas reconheço que os argumentos do jeremias e do ibraim também tem razão de ser. porque é longe e as pessoas não tem dinheiro e porque é desconfortável e pouco seguro. e isso atualmente é de levar em conta. Mas para este ano está decidido e vou ao Jamor porque é mesmo lá. para uma grande festa e um grande piquenique vitoriano. cheio de febras e couratos e cervejolas a gastar. espero é não encontrar por lá o Edmur Rambo senão ele ainda me atirava com um garrafão á cabeça. isto se ele soubesse quem sou mas como nunca me convidaram para o blogue estou safo.
    VIVA O VITÓRIA

     
  • Às 29 abril, 2011 16:43 , Blogger Ernesto Paraíso disse...

    Ah grande Rui Rodrigues!

    Tens que te infiltrar, pá
    A mim também ninguém me convidou, mas já estou firme no Afonsão!
    é assim a vida
    ;)

     
  • Às 29 abril, 2011 17:57 , Blogger Gregório Freixo disse...

    Meus Caros amigos

    Nada como uma boa polémica para pôr os mais relapsos (mea culpa, mea culpa) a botar faladura.
    Nunca fui ao Jamor. Da única vez que lá fomos em que eu já teria idade de poder ir, o meu pai não estava para aí virado e tive de ver o jogo pela TV curiosamente (uma vez que nesta polémica abundam referências balneares) na bela localidade de Fão, com sua não menos bela e ventosa praia de Ofir.
    Dito isto, se é verdade que os argumentos levantados pelo Jeremias são essencialmente de dois tipos: os de ordem prática e os de ordem, vamos dizer, conceptual (isto promete).
    Quanto a estes últimos, não estou de acordo. Não acho nada provinciano 8como a alegoria da Póvoa faz transparecer) que a final se realize num estádio da capital. É a tradição, semelhante à de outros países e que confere uma certa aura mítica a ir-se jogar a final NAQUELE sítio. Como disse, nunca fui ao Jamor, mas é por demais notório que as pessoas ficam entusiasmadas em disputar a final naquele sítio, justamente pelo valor simbólico que isso representa. Por isso, não troco o Jamor por outro estádio.
    Quanto aos argumentos mais práticos. A distância, honestamente, não me parece ser uma questão relevante. Quem quer mesmo ir a este jogo, vai, não sendo mais 100, 200 ou 300 quilómetros que fazem a diferença.
    A segurança pode ser um problema, mas quanto a isso, não me pronuncio, porque não conheço.
    Finalmente, a comodidade. Como digo, nunca lá fui, mas a ser incómodo, que acredito seja, julgo ser algo compensado pelo misticismo do lugar. Será um preço a pagar, mas que a maioria paga com gosto.
    Em suma, para mim, final é no Jamor. Qualquer outro estádio não saberia a final da taça.
    Um abraço a todos e não se zanguem.

     
  • Às 01 maio, 2011 23:41 , Blogger Jeremias disse...

    É sempre um prazer rever o nosso CAPITÃO de regresso ao blogue. E á boleia do por ele escrito aproveito para esclarecer duas ou três coisas no que ao conceptual se refere.
    A minha argumentação contra o Jamor nada tem a ver com o facto de o estádio se situar numa periferia da capital.
    Apenas com o facto de no meu entender ele não reunir as condições ideais para um jogo desta natureza.
    Como já tive oportunidade de explicar ao EDMUR preferia jogar a final, a ter que ser em Lisboa, no estádio da Luz ou de Alvalade.
    Porque tem excelentes condições.
    Agora defendo,há muito tempo,outro modelo para a Taça de Portugal.
    Com meias finais num só jogo,em campo neutro(modelo inglês), e a final num estádio escolhido depois de se saber quem são os finalistas e com o acordo deles(modelo espanhol). Creio que isso defendia melhor o futebol e os clubes.
    E até dou um exemplo: Se no futuro houver uma final entre Vitória e Olhanense (por exemplo) fará todo o sentido que seja em Lisboa.Até no Jamor se eventualmente já tiver as condições para isso.
    Agora um Vitória-Braga, um Portimonense- Olhanense ou um Maritimo-Nacional não fazem sentido nenhum serem em Lisboa.
    Pode ser defeito meu mas não atribuo ao estádio nacional esse tal valor mitico de que tantos falam.
    Acho que é um estádio airoso,construido num determinado padrão arquitectónico, mas desactualizado para as realidade do futebol actual.
    Mas no dia 22 de Maio teremos todos tempo para continuar este debate no sitio mais adequado;o próprio Jamor.
    Nota final: A alegoria da Póvoa,como lhe chama com piada o CAPITÃO, corresponde exactamente ás minhas memórias de infância.
    E não a usei para chamar parolo a ninguém.
    Nem aos banhistas nem aos defensores do Jamor.
    Apenas para ilustrar as desagradáveis surpresas que podem acontecer quando não se olha para a realidade em toda a sua dimensão.
    Percebo que quem nunca lá foi tenha uma imagem melhor do Jamor do que aquilo que ele na realidade é.
    E de algumas desilusões que pode proporcionar.
    Mas se o Vitória ganhar,como todos desejamos,creio que ninguém se vai lembrar dos inconvenientes.

     
  • Às 02 maio, 2011 19:10 , Blogger Mendes disse...

    Eu também vou ao Jamor, e pelos vistos acompanhado com algumas almas bem conservadoras e cimentadas à tradição.
    Ó meus amigos,também concordo que as tradições se devem manter mas, por amor de Deus, se elas nos trazem malefícios, há que deixá-las cair. E, se ajuizarmos a questão serena e objectivamente, veremos que o Jamor comporta muitas desvantagens já sobejamente enunciadas, e que não conseguimos descortinar vantagens a não ser o fervor pela tradição.
    E quanto ao simbolismo, meu caro Gregório Freixo, isso certamente nos levaria para outros "relvados": não sei se a simbologia do Jamor se cuaduna muito com os nossos princípios...
    Meus amigos, a tradição deve servir para elevar a nossa humanidade, não para nos dificultar a vida.
    Mas lá estaremos, com a parte ao fundo das costas empedrenida, a apanhar chuva ou a torrar ao sol, a aguentar para não ter de utilizar as casas-de-banho e sujeitos a outros desconfortos, suportando tudo em nome de um simbolo que merece o sacrifício.
    Tenho dito.

     

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