Da proibição da entrada das televisões no Nacional vs. Zenit S.Petersburgo
Ora cá fica mais um tópico de reflexão para partilhar com os meus amigos.
Esta semana fomos brindados com a notícia de que o Nacional da Madeira, no encontro em que recebia o Zenit S.Petersburgo (e venceu por 4-3!) não permitiu a filmagem do jogo europeu por nenhuma televisão que o não tivesse pago. Trata-se de uma atitude inusitada e inusual, mas que deve merecer alguma reflexão.
Vejamos:
O Presidente do Nacional alega que gasta muito dinheiro para aguentar um clube de futebol, logo, numa altura em que o clube se apura para as competições europeias, é espectável um maior interesse (vale dizer, expresso financeiramente) dos meios de comunicação social, particularmente das televisões que exibem os resumos, por vezes vendem-nos para televisões estrangeiras, para além das publicidades que negoceiam e de que beneficiam associadas aos programas nos quais se exibem estes resumos.
Fará algum sentido que com todo este dinheiro a rolar em torno da exibição dos jogos, não sobre nada para o clubes que são quem dá o espectáculo, quem paga aos jogadores, quem suporta todos os gastos para que aquele espectáculo seja possível?
Isto não faz de facto sentido. Não faz sentido que uma televisão possa fazer um programa tipo "Domingo Desportivo" exibindo os resumos de todos os jogos do campeonato sem qualquer custo para além do vencimento do apresentador e das deslocações dos repórteres. Com excepção para a SportTV que já paga uma quantia pré-determinada aos clubes para poder transmitir os seus jogos a bel-prazer.
E isto nada tem que ver com direito à informação! Trata-se de um espectáculo, no qual os direitos que devem ser salvaguardados são os daqueles que pagam o seu bilhete ou a sua quota para poderem ir assistir ao vivo. Por esta lógica do "direito à informação", então as transmissões televisivas dos jogos do campeonato em directo também deveriam ser gratuitas, em obediência a esse "direito à informação", mas não, como sabemos a SportTV paga bem para o poder fazer, então que sentido faz que as outras não paguem absolutamente nada?
E isto meus amigos, não é questão de somenos.
É aliás o que faz a diferença entre o nosso campeonato e outros como o espanhol ou o inglês, pois não são as receitas de bilheteira ou quotizações que permitem as actuais diferenças de poder de compra entre clubes portugueses e ingleses ou espanhóis, são essencialmente os valores exorbitantes que são pagos pelas televisões, por aqueles que querem ter o direito a exibir e comercializar as imagens do "espectáculo" futebol, e para isso pagam rios de dinheiro.
Por isso louvo a atitude do Sr. Rui Alves. Por poder ter o condão de despertar uma discussão que já devia ter tido lugar em Portugal. Para benefício dos clubes.
Se não aliás, não há quase nenhum benefício financeiro, para além da bilheteira, no apuramento de um clube para as competições europeias (vejam o Paços de Ferreira que reclama gigante prejuízo, e ainda o Vitória não lhe levou nada pela utilização do Estádio...).
Acho por isso que o Vitória se deveria associar publicamente a este atitude. Não à atitude em concreto mas à intenção que está por detrás da mesma. E nisto todos os clubes estão interessados, até os estarolas, porque mais dinheiro nos bolsos nunca fez mal a ninguém.
E as televisões que querem ter horas de programação com base no futebol, assente em imagens colhidas nos jogos, têm que pagar. Ou pagam à SportTV no que respeita aos jogos do campeonato (que os pagou antecipadamente) ou pagam ao clube ou a quem comprar os direitos no que respeita a jogos europeus ou de competições adjacentes. Este assunto tem que entrar na ordem do dia.
E depois há uma outra dimensão.
É certo que o Nacional da Madeira tem um número exíguo de adeptos, pelo que seria dos últimos clubes a poder ter esta atitude com algum peso, mas de qualquer forma, após um resultado apesar de tudo brilhante frente a uma grande equipa europeia, para além de não haver imagens, as televisões (SIC-Notícias, RTP-N e TVI24) passaram a noite com especiais sobre a "Liga Europa" (nunca me tinha apercebido que dessem tanta importância a esta competição...) e não dedicaram praticamente um minuto ao Nacional. Foi mais tipo "Ah, é verdade, também convém dizer alguma coisa sobre o Nacional da Madeira, afinal também é de Portugal e sempre ganhou a um clube decente e não a um clube de mineiros ucranianos".
Já chega! Não há limite para a vergonha na falta de isenção. Agora, porque os vermelhos estão na Liga Europa, há especiais sobre essa taça à qual as televisões raramente ligam, fazem programas que equivalem a pôr uma câmara a filmar a malta vitoriana no Martins ou no Condado a discutir os pormenores do jogo e os anseios em relação à época, não há isenção, não há distanciamento, não há rigor jornalísticos, não há nada! Só um bando de benfiquistas a babar-se na televisão, sem o mínimo de respeito pelos outros clubes portugueses, completamente a marimbar-se para isso aliás. Um amigo meu benfiquista até dizia, em discordância, que falaram tanto do Benfica vs. Vopsfdka Postrlkava como falaram do Porto na semana em que disputava a final da Liga dos Campeões.
E ainda resmungam e insultam o Presidente do Nacional por não os deixar entrar no Estádio?
Tenham lá vergonha!
Continuo a defender que o Vitória, aqui particularmente o Vitória (por ser o clube com mais adeptos e associados a seguir aos estarolas), deveria tomar atitude de força, do género desta do Presidente do Nacional ou outras com mais elevação (mas sem ser apenas os meros comunicados) para fazer ver a essa gente o que eles não querem e não conseguem ver.
E penso que o Vitória deveria liderar um movimento, ladeado pelo Braga, com o propósito de fazer respeitar os "outros" clubes PORTUGUESES.
Esta semana fomos brindados com a notícia de que o Nacional da Madeira, no encontro em que recebia o Zenit S.Petersburgo (e venceu por 4-3!) não permitiu a filmagem do jogo europeu por nenhuma televisão que o não tivesse pago. Trata-se de uma atitude inusitada e inusual, mas que deve merecer alguma reflexão.
Vejamos:
O Presidente do Nacional alega que gasta muito dinheiro para aguentar um clube de futebol, logo, numa altura em que o clube se apura para as competições europeias, é espectável um maior interesse (vale dizer, expresso financeiramente) dos meios de comunicação social, particularmente das televisões que exibem os resumos, por vezes vendem-nos para televisões estrangeiras, para além das publicidades que negoceiam e de que beneficiam associadas aos programas nos quais se exibem estes resumos.
Fará algum sentido que com todo este dinheiro a rolar em torno da exibição dos jogos, não sobre nada para o clubes que são quem dá o espectáculo, quem paga aos jogadores, quem suporta todos os gastos para que aquele espectáculo seja possível?
Isto não faz de facto sentido. Não faz sentido que uma televisão possa fazer um programa tipo "Domingo Desportivo" exibindo os resumos de todos os jogos do campeonato sem qualquer custo para além do vencimento do apresentador e das deslocações dos repórteres. Com excepção para a SportTV que já paga uma quantia pré-determinada aos clubes para poder transmitir os seus jogos a bel-prazer.
E isto nada tem que ver com direito à informação! Trata-se de um espectáculo, no qual os direitos que devem ser salvaguardados são os daqueles que pagam o seu bilhete ou a sua quota para poderem ir assistir ao vivo. Por esta lógica do "direito à informação", então as transmissões televisivas dos jogos do campeonato em directo também deveriam ser gratuitas, em obediência a esse "direito à informação", mas não, como sabemos a SportTV paga bem para o poder fazer, então que sentido faz que as outras não paguem absolutamente nada?
E isto meus amigos, não é questão de somenos.
É aliás o que faz a diferença entre o nosso campeonato e outros como o espanhol ou o inglês, pois não são as receitas de bilheteira ou quotizações que permitem as actuais diferenças de poder de compra entre clubes portugueses e ingleses ou espanhóis, são essencialmente os valores exorbitantes que são pagos pelas televisões, por aqueles que querem ter o direito a exibir e comercializar as imagens do "espectáculo" futebol, e para isso pagam rios de dinheiro.
Por isso louvo a atitude do Sr. Rui Alves. Por poder ter o condão de despertar uma discussão que já devia ter tido lugar em Portugal. Para benefício dos clubes.
Se não aliás, não há quase nenhum benefício financeiro, para além da bilheteira, no apuramento de um clube para as competições europeias (vejam o Paços de Ferreira que reclama gigante prejuízo, e ainda o Vitória não lhe levou nada pela utilização do Estádio...).
Acho por isso que o Vitória se deveria associar publicamente a este atitude. Não à atitude em concreto mas à intenção que está por detrás da mesma. E nisto todos os clubes estão interessados, até os estarolas, porque mais dinheiro nos bolsos nunca fez mal a ninguém.
E as televisões que querem ter horas de programação com base no futebol, assente em imagens colhidas nos jogos, têm que pagar. Ou pagam à SportTV no que respeita aos jogos do campeonato (que os pagou antecipadamente) ou pagam ao clube ou a quem comprar os direitos no que respeita a jogos europeus ou de competições adjacentes. Este assunto tem que entrar na ordem do dia.
E depois há uma outra dimensão.
É certo que o Nacional da Madeira tem um número exíguo de adeptos, pelo que seria dos últimos clubes a poder ter esta atitude com algum peso, mas de qualquer forma, após um resultado apesar de tudo brilhante frente a uma grande equipa europeia, para além de não haver imagens, as televisões (SIC-Notícias, RTP-N e TVI24) passaram a noite com especiais sobre a "Liga Europa" (nunca me tinha apercebido que dessem tanta importância a esta competição...) e não dedicaram praticamente um minuto ao Nacional. Foi mais tipo "Ah, é verdade, também convém dizer alguma coisa sobre o Nacional da Madeira, afinal também é de Portugal e sempre ganhou a um clube decente e não a um clube de mineiros ucranianos".
Já chega! Não há limite para a vergonha na falta de isenção. Agora, porque os vermelhos estão na Liga Europa, há especiais sobre essa taça à qual as televisões raramente ligam, fazem programas que equivalem a pôr uma câmara a filmar a malta vitoriana no Martins ou no Condado a discutir os pormenores do jogo e os anseios em relação à época, não há isenção, não há distanciamento, não há rigor jornalísticos, não há nada! Só um bando de benfiquistas a babar-se na televisão, sem o mínimo de respeito pelos outros clubes portugueses, completamente a marimbar-se para isso aliás. Um amigo meu benfiquista até dizia, em discordância, que falaram tanto do Benfica vs. Vopsfdka Postrlkava como falaram do Porto na semana em que disputava a final da Liga dos Campeões.
E ainda resmungam e insultam o Presidente do Nacional por não os deixar entrar no Estádio?
Tenham lá vergonha!
Continuo a defender que o Vitória, aqui particularmente o Vitória (por ser o clube com mais adeptos e associados a seguir aos estarolas), deveria tomar atitude de força, do género desta do Presidente do Nacional ou outras com mais elevação (mas sem ser apenas os meros comunicados) para fazer ver a essa gente o que eles não querem e não conseguem ver.
E penso que o Vitória deveria liderar um movimento, ladeado pelo Braga, com o propósito de fazer respeitar os "outros" clubes PORTUGUESES.
Etiquetas: Imprensa desportiva, jornaleiros, Paquito
5 Comentários:
Às 23 agosto, 2009 00:24 , Saganowski disse...
Seguir o que o presidente do Nacional fez parece-me uma boa forma de se "bater o pé" às tv's que poderia ser posta em prática.
Infelizmente, não me parece que os outros clubes alinhem nessa ideia, principalmente o Braga, que não deve estar nada disposto a irritar os amigos do Dragão e ficar sem os jogadores emprestados, na primeira oportunidade que os azuis tenham para os ir lá buscar.
Mas a ideia é boa!Tal como uma ideia que já vi defendida noutros blogues, de se criar uma Liga independente, com todos os outros clubes, deixando os "3 Estarolas" a jogar sozinhos entre eles...
Às 23 agosto, 2009 00:56 , jotafundador disse...
Corroboro com as tuas palavras e forma de pensar sobre esta matéria, o problema, reside na falta de atitude e na tomafa de posições por parte da actual direcção. Nesta matéria, nada como o Pimenta.
Há muito que defendo que o Vitória e nomeadamente os adeptos do VITÓRIA se deviam unir e proibir a entrada das televisões no complexo, por altura dos jogos grandes. Nestas alturas eles querem recolher imagens dos treinos do Vitória, não para nos dar importância, mas para terem matéria para darem ainda mais importância ao clube grande (chamado de grande) e ao jogo que vai disputar. Nós também somos grandes. Grandes somos nós.
Às 24 agosto, 2009 12:02 , Jeremias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Às 24 agosto, 2009 12:05 , Jeremias disse...
Caro PAQUITO estou naturalmente de acordo com o que escreves.
Eu próprio noutros espaços tenho assumido posições similares e cheguei já a defender que os 29 parentes pobres do futebol português devia sair desta Liga e organizar um campeonato paralelo sem os 3 estarolas.
Claro que para isso era preciso os dirigentes serem o que ...não são.
Por mim, e acredito que lá chegaremos,o Vitória devia assumir a liderança da contestação.
E não era dificil.
A primeira medida seria PROIBIR as televisões de terem acesso aos nossos espaços fora do dia de jogos.
A segunda PROIBIR os nossos funcionários de darem entrevistas ás televisões nas semanas que antecedem jogos com os estarolas.
A terceira PROIBIR os nossos funcionários de darem entrevistas em que falam mais do adversário do que do nosso clube como aconteceu na passa semana antes do jogo com os mouros.
A quarta propor na assmebleia da Liga a PROIBIÇÃO de emprestimos entre clubes do mesmo escalão da forma como hoje é feita.
Máximo de um jogador por clube e máximo de 5 jogadores no total de empréstimos de um clube a outros que jogassem a mesma competição.
Sexto PROIBIR arbitros adeptos confessos de um clube de dirigirem jogos desse clube. Se a Liga teimasse em nomear pedros proença para os jogos do slb,por exemplo,o Vitória devia vetar essa nomeação quando defrontasse a moirama.
E por aí fora...
Às 26 agosto, 2009 01:46 , Anónimo disse...
Esteve muito bem o quinhentinhos... se transmitiram os bragueses e levar na corneta (já agradeci a um amigo sueco a risota que eles me proporcionaram), também têm de transmitir o Nacional a enfiar quatro no Zenith (esse bando de ladrões, como sabemos). Não querem transmitir, não recolhem qualquer imagem... ou há moralidade ou comem todos.
Como disse aqui há tempos o Júdice: "não há dinheiro, não há palhaços"!
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