26.9.06

Assim não dá.

Pessoalmente acho que o que se passa com o Vitória é um desatino enorme.
Se algumas coisas se percebem bem, outras não têm de facto qualquer explicação.
Percebe-se bem que pelo menos uma maioria confortável do nosso plantel não tem qualidade para nenhuma das (diria) 3 maiores divisões portuguesas e, pelo visto, também a não tinha para nenhuma das 3 maiores francesas, o que não deixa de ser indiciário. Percebe-se bem, muito bem, pois, que os resultados sejam os que são.

Mas também há coisas que se percebem mal. No geral, a verdade é que a única aposta técnica que o nosso presidente fez com a qual ninguém concordava - Manuel Machado - foi a que melhores resultados trouxe ao clube. A verdade é que, quando veio o Pacheco, uma imensa maioria dos sócios ficou contente (não seria a minha primeira escolha, mas não desgostei) e foi o que se viu. Seguiu-se-lhe Vitor Pontes, de quem o próprio Mourinho (esse tipo que não percebe nada de futebol) dizia muito bem e foi o que se viu. O plantel da época passada era, em teoria (pelo menos, eu vejo-o assim) provavelmente o melhor da última década, claramente o melhor dos últimos 6 anos, especialmente a partir da entrada dos reforços de Dezembro que vieram suprir (ou deles assim se esperava) alguns desiquilíbrios na equipa. Mesmo assim, o impensável sucedeu.
Para a nova época, foi-se buscar Norton de Matos, homem experiente em ambas as divisões e que teria umas funções mais largas que apenas as de técnico principal. O tipo já treinou, já foi director desportivo e deu-se razoavelmente bem (em geral) em ambas as funções. A generalidade da malta gostou e, ainda por cima, o homem vinha de um sucesso desportivo em Setúbal, apesar de todas as dificuldades com que aí se bateu. E é isto que se vê. Fez as contratações que se sabe e os resultados estão aí.

Caramba... nem tudo é previsível em futebol e estas duas épocas, a passada e a que está a acontecer, não estavam concerteza nas previsões de ninguém, à data da contratação dos responsáveis técnicos. Pelo menos nas minhas não estavam. E, se a presente era de prever depois de bem vistas as contratações (mas só depois), a passada não era possível, não me venham com merdas (é claro que haverá sempre uns iluminados que já sabiam, mas como têm a tendência de só falar depois, vou ignora-los).

No desporto, qualquer que ele seja, em especial no futebol, a sorte e o azar determinam muita coisa e todos sabemos disso, vemos isso, intuimos isso tudo. São factores a considerar e a ter em conta - uma vez mais, não me venham com merdas. Se assim não fosse, não existiria a expressão "estrelinha de campeão" e outras afins.

Ora o que eu digo é que basta de tanto azar, Sr. Presidente. Basta!
Acho que chegou o momento de começar a considerar seriamente que esta sua maré de azar começa a parecer não ter fim. Isto faz-me lembrar o velho Benfica cemitério de talentos: tudo o que vem para cá parece desaprender. Assim não dá. Vamos dar o tal murro na mesa, que já vem tão tarde?

E se o murro na mesa tiver de ser o clássico: "if you love'em, set 'em free?"
Será capaz de fazer esse sacrifício pelo bem maior do clube? Pense nisso.
Pense nisso, muito a sério.

(o pior é que não estou a ver quem poderá ser o Sr. que se segue... o pior, é isso mesmo...)

Desgostoso e triste, mas ainda e sempre com força para um abraço a todos!

Viva o Vitória, sempre e seja lá como for!

publicada por JC @ 10:58  

1 Comentários:

Enviar um comentário

Efectuar comentários é absolutamente livre, neste blogue. Não serão, no entanto, admitidos insultos aos seus membros ou ao Vitória Sport Clube.

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

 

Locations of visitors to this page