D. Afonso Henriques

Emílio Macedo da Silva e Júlio Mendes, respectivamente presidente e vice presidente do Vitória, resolveram no passado domingo manifestarem publicamente o seu apoio á candidatura presidencial de Cavaco Silva comparecendo na acção de campanha que o candidato levou a cabo em Guimarães.
Fizeram-no enquanto cidadãos livres e sem com isso manifestarem qualquer apoio institucional do clube.
Que nunca poderia existir.
Nem em relação a Cavaco nem em relação a nenhum candidato.
Pois de imediato se levantou um coro de criticas, pouco expressivo mas ainda assim coro, a essa atitude.
Como se dois cidadãos pelo facto de terem responsabilidades directivas numa instituição estivessem inibidos dos seus direitos cívicos e políticos.
Portugal é uma democracia.
Onde cada cidadão tem o direito inalienável de fazer as suas opções politicas e de as tornar públicas se assim o entender.
Curiosamente ,ou talvez não, muitas dessas criticas vem de sectores que viam com deleite e até entusiasmo os apoios públicos de Pimenta Machado (ao tempo presidente do clube)ás duas candidaturas presidenciais de Jorge Sampaio.
Sem que ninguém entre os apoiantes de Cavaco Silva/1996 ou Ferreira do Amaral/2001 pusesse em causa os seus direitos de cidadania!
De facto em Guimarães há um sector da sociedade que tem muito mais respeito pela inteligência e discernimento dos associados do Vitória (e vitorianos em geral)do que outro.
É a vida