Comentário ao PAQUITO
Este post começou por ser, e é,um comentário ao post do PAQUITO.
Só que de tão extenso não foi aceite pelo blogger.
Daí o tê-lo reconvertido em post.
Creio que o PAQUITO fez uma reflexão tão profunda quanto acertada acerca do Vitória de hoje.
Que é reflexo do Vitória de ontem e anteontem e anuncia um Vitória do amanhã pouco animador.
É um assunto sobre o qual também penso com alguma frequência.
Porque razão um clube com o potencial, e as condições, do nosso não consegue os êxitos que parece ter todas as condições para conseguir.
Creio que aquilo que o PAQUITO escreveu pouco há acrescentar.
O diagnóstico está correctissimo.
Umas vezes ,relativamente poucas, foram factores futebolisticos propriamente ditos.
Das contratações falhadas de jogadores,dos equivocos nos treinadores,das arbitragens adversas,da falta de sorte nalguns momentos.
Outras,bastantes mais, foram factores humanos.
Os tais dirigentes que em vez de servir se "serviram", ou que não souberam"servir", ou que entenderam que o clube era um meio para promover as tais "negociatas" de alto proveito.
Fossem jogadores fossem outros bens transaccionáveis.
As estratégias de posicionamento no futebol português que nem sempre foram as melhores.
Do isolamento que nada trouxe á subserviência que só deu para enfiar "barretes".
Eu acrescentaria um outro factor.
Admito que polémico.
É lugar comum dizer-se que o Vitória tem uma massa associativa dedicada,apaixonada pelo clube, excepcional na forma como o segue para todo o lado.
E isso é verdade.
Acontece é que os adeptos gostando muito do Vitória ás vezes não sabem gostar do Vitória.
E isso constata-se na intolerância para com os jovens da formação,quando chegam aos seniores,a quem se exige o dobro do que a qualquer brasileiro recém chegado.
Isso nota-se na falta de paciência para com o trabalho dos técnicos que quantas vezes são contestados ainda a época mal começou.
Mas ,essencialmente, percebe-se na forma emotiva como escolhem as direcções do clube.
Nunca uma lista de oposição ganhou.
E não acredito que em tantas dezenas de anos nunca,uma vez que fosse, a lista alternativa á da direcção em funções não tivesse melhores ideias,melhores programas, melhores protagonistas.
Acontece é que a massa associativa é conservadora nas opções, privilegia quem está, não ousa arriscar.
E isso levou-nos a este estado de coisas.
Os ultimos anos de Pimenta Machado foram penosos.
Percebia-se que "aquilo" ia acabar mal.
Ganhou tranquilamente as ultimas eleições que disputou.
É certo que havia o histórico de mandatos muito positivos.
Mas percebia-se que era tempo de mudar.
Os sócios não quiseram.
Foi até á ultima.
A seguir veio o mega equivoco de Moreira de Cónegos.
Baseado numa imagem construida, e promovida ,em vários sectores do Vitória e de Guimarães.
E assente num trabalho interessante desenvolvido no Moreirense.
Embora as pessoas se tenham esquecido de dizer que Moreirense e Vitória eram,e são,realidades algo diferentes.
Do dia para a noite tornou-se o "Messias" que nos levaria ao paraiso.
Levou-nos para a II divisão ao fim de 50 anos.
O que aconteceu?
Foi apresentada uma moção de censura em Assembleia Geral.
Que foi chumbada.
E o mandato arrastou-se mais uns meses apesar de já toda a gente,incluindo o próprio,ter percebido que não iamos a lado nenhum.
Saiu pelo seu pé quando lhe apeteceu deixando o Vitória na parte inferior da tabela na II Liga.
E chegou o actual presidente.
Eleito em confronto com uma não alternativa.
Começou bem,subimos de divisão, e no ano seguinte disputamos o acesso á Champions.
Exactamente a altura em que se percebeu que era "areia" demasiada para aquela camionete.
Quando vemos o Braga passar meritoriamente Celtic e Sevilha até recordo com vergonha que a nós nos saiu o Basileia.
O temidissimo Basileia como diz com saborosa ironia o PAQUITO.
Sabe-se o resultado.
E não me venham com o erro do patife do fiscal de linha.
Perante aquele Basileia fiscal de linha nenhum devia ter a minima importância na eliminatória. É certo que fomos prejudicados nos dois jogos.
Mas essa não é a questão central embora seja importante.
O cerne da questão é com que equipa jogamos esses dois jogos.
Que reforços tinhamos adquirido?
Que investimento foi feito para dar esse pequeno passo que nos abria a porta dos milhões ?
Todos conhecemos a resposta.
E essa resposta dá-nos a dimensão exacta da percepção que o actual presidente tem do potencial e das expectativas deste clube.
Tal como o equivoco de Moreira de Cónegos o equivoco de S. Martinho de Sande não percebe o clube de que é presidente.
Provavelmente porque, tal como o outro, pouco o frequentou antes de ser dirigente.
A verdade é que foi reeleito em Março com quase 70% dos votos.
Porque os sócios do Vitória, grande parte deles para sermos mais justos,tem medo da mudança. Sempre tiveram.
E continuam a eleger dirigentes em que não acreditam, projectos inconsistentes,estratégias de médio prazo que simplesmente não existem.
Depois "vingam-se" das suas próprias escolhas.
Assobiam os jogadores,hostilizam treinadores,insultam dirigentes, não compram lugares anuais.
E é isto, mais do que qualquer outra coisa, que explica que hoje olhemos para o Braga com inveja e temor.
Inveja de eles terem chegado aonde chegaram por um caminho bem mais dificil do que aquele se nos deparou há dois anos.
Temor de que o fosso existente entre nós e eles seja irrecuperável nos próximos anos.
Os vitorianos gostam muito do Vitória não duvido.
E esse amor ao clube expressa-se no clube que tem.
Foram eles que escolheram que o Vitória seja assim.
P.S. Os textos do PAQUITO tem esta caracteristica: Motivam comentários quase do mesmo tamanho.
Mas este é um debate que vale a pena fazer
Só que de tão extenso não foi aceite pelo blogger.
Daí o tê-lo reconvertido em post.
Creio que o PAQUITO fez uma reflexão tão profunda quanto acertada acerca do Vitória de hoje.
Que é reflexo do Vitória de ontem e anteontem e anuncia um Vitória do amanhã pouco animador.
É um assunto sobre o qual também penso com alguma frequência.
Porque razão um clube com o potencial, e as condições, do nosso não consegue os êxitos que parece ter todas as condições para conseguir.
Creio que aquilo que o PAQUITO escreveu pouco há acrescentar.
O diagnóstico está correctissimo.
Umas vezes ,relativamente poucas, foram factores futebolisticos propriamente ditos.
Das contratações falhadas de jogadores,dos equivocos nos treinadores,das arbitragens adversas,da falta de sorte nalguns momentos.
Outras,bastantes mais, foram factores humanos.
Os tais dirigentes que em vez de servir se "serviram", ou que não souberam"servir", ou que entenderam que o clube era um meio para promover as tais "negociatas" de alto proveito.
Fossem jogadores fossem outros bens transaccionáveis.
As estratégias de posicionamento no futebol português que nem sempre foram as melhores.
Do isolamento que nada trouxe á subserviência que só deu para enfiar "barretes".
Eu acrescentaria um outro factor.
Admito que polémico.
É lugar comum dizer-se que o Vitória tem uma massa associativa dedicada,apaixonada pelo clube, excepcional na forma como o segue para todo o lado.
E isso é verdade.
Acontece é que os adeptos gostando muito do Vitória ás vezes não sabem gostar do Vitória.
E isso constata-se na intolerância para com os jovens da formação,quando chegam aos seniores,a quem se exige o dobro do que a qualquer brasileiro recém chegado.
Isso nota-se na falta de paciência para com o trabalho dos técnicos que quantas vezes são contestados ainda a época mal começou.
Mas ,essencialmente, percebe-se na forma emotiva como escolhem as direcções do clube.
Nunca uma lista de oposição ganhou.
E não acredito que em tantas dezenas de anos nunca,uma vez que fosse, a lista alternativa á da direcção em funções não tivesse melhores ideias,melhores programas, melhores protagonistas.
Acontece é que a massa associativa é conservadora nas opções, privilegia quem está, não ousa arriscar.
E isso levou-nos a este estado de coisas.
Os ultimos anos de Pimenta Machado foram penosos.
Percebia-se que "aquilo" ia acabar mal.
Ganhou tranquilamente as ultimas eleições que disputou.
É certo que havia o histórico de mandatos muito positivos.
Mas percebia-se que era tempo de mudar.
Os sócios não quiseram.
Foi até á ultima.
A seguir veio o mega equivoco de Moreira de Cónegos.
Baseado numa imagem construida, e promovida ,em vários sectores do Vitória e de Guimarães.
E assente num trabalho interessante desenvolvido no Moreirense.
Embora as pessoas se tenham esquecido de dizer que Moreirense e Vitória eram,e são,realidades algo diferentes.
Do dia para a noite tornou-se o "Messias" que nos levaria ao paraiso.
Levou-nos para a II divisão ao fim de 50 anos.
O que aconteceu?
Foi apresentada uma moção de censura em Assembleia Geral.
Que foi chumbada.
E o mandato arrastou-se mais uns meses apesar de já toda a gente,incluindo o próprio,ter percebido que não iamos a lado nenhum.
Saiu pelo seu pé quando lhe apeteceu deixando o Vitória na parte inferior da tabela na II Liga.
E chegou o actual presidente.
Eleito em confronto com uma não alternativa.
Começou bem,subimos de divisão, e no ano seguinte disputamos o acesso á Champions.
Exactamente a altura em que se percebeu que era "areia" demasiada para aquela camionete.
Quando vemos o Braga passar meritoriamente Celtic e Sevilha até recordo com vergonha que a nós nos saiu o Basileia.
O temidissimo Basileia como diz com saborosa ironia o PAQUITO.
Sabe-se o resultado.
E não me venham com o erro do patife do fiscal de linha.
Perante aquele Basileia fiscal de linha nenhum devia ter a minima importância na eliminatória. É certo que fomos prejudicados nos dois jogos.
Mas essa não é a questão central embora seja importante.
O cerne da questão é com que equipa jogamos esses dois jogos.
Que reforços tinhamos adquirido?
Que investimento foi feito para dar esse pequeno passo que nos abria a porta dos milhões ?
Todos conhecemos a resposta.
E essa resposta dá-nos a dimensão exacta da percepção que o actual presidente tem do potencial e das expectativas deste clube.
Tal como o equivoco de Moreira de Cónegos o equivoco de S. Martinho de Sande não percebe o clube de que é presidente.
Provavelmente porque, tal como o outro, pouco o frequentou antes de ser dirigente.
A verdade é que foi reeleito em Março com quase 70% dos votos.
Porque os sócios do Vitória, grande parte deles para sermos mais justos,tem medo da mudança. Sempre tiveram.
E continuam a eleger dirigentes em que não acreditam, projectos inconsistentes,estratégias de médio prazo que simplesmente não existem.
Depois "vingam-se" das suas próprias escolhas.
Assobiam os jogadores,hostilizam treinadores,insultam dirigentes, não compram lugares anuais.
E é isto, mais do que qualquer outra coisa, que explica que hoje olhemos para o Braga com inveja e temor.
Inveja de eles terem chegado aonde chegaram por um caminho bem mais dificil do que aquele se nos deparou há dois anos.
Temor de que o fosso existente entre nós e eles seja irrecuperável nos próximos anos.
Os vitorianos gostam muito do Vitória não duvido.
E esse amor ao clube expressa-se no clube que tem.
Foram eles que escolheram que o Vitória seja assim.
P.S. Os textos do PAQUITO tem esta caracteristica: Motivam comentários quase do mesmo tamanho.
Mas este é um debate que vale a pena fazer
1 Comentários:
Às 25 agosto, 2010 16:31 , Rui Rodrigues disse...
os sócios tem muita culpa nisto tudo é verdade. mas eles também estão fartos de sofrer com os insucessos e as derrotas. há muitos anos que vivemos em instabilidade entre ir e nao ir á europa. claro que o de moreira de cónegos foi o pior de todos mas pimenta também devia ter saido mais cedo do que saiu.
este dos protocois é que é mesmo uma desgraça e se lhe dermos tempo ainda nos manda outra vez para a segunda. temos de o correr daqui para fora para salvarmos o nosso Vitória
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