D. Afonso Henriques

Vou publicar aqui um texto de um associado do Vitória que me pediu para fazê-lo.
Estando ou não de acordo com ele, e sabendo que estou a abrir um precedente, achei que era justo e interessante publicá-lo, porque reflecte a opinião de alguém, que fruto da idade é avesso às novas tecnologias. Mas ao mesmo tempo também reflecte a opinião de uma franja de associados que não aparece na blogosfera e que também é de ouvir. Aqui vai aço!

Carta aberta ao Sr. Cajuda

Sou um sócio com número abaixo de 1000 e por isso sinto-me no direito de, pela primeira vez na minha já longa história de sócio do Vitória, manifestar a minha revolta pelos seus desmandos.
Confesso que já estou farto das suas verborreias.
Massacra-nos desde o dia em que chegou, com a nossa descida e subida de divisão. Esta direcção até neste aspecto demonstra falta de personalidade. Será que não é tempo de o mandar calar? Ou não será necessário dizer-lhe que a história do Vitória inclui 55 anos seguidos no primeiro escalão nacional bem como o quarto maior número de presenças.
Será que é preciso lembrar-lhe que essa travessia foi originada, não pelos sócios, que sempre apoiaram o Vitória, mesmo no dia que desceu, mas sim por uma direcção medíocre e por outros seus colegas treinadores, também eles medíocres?
Basta Sr. Cajuda, de falar nessa travessia, porque quem mais sofreu com ela foram os sócios indefectíveis, esses que não regateiam aplausos, que todos os domingos sofrem com o Vitória e que por isso também tem o direito a protestarem o que menos gostam. É assim em todos os clubes.
A sua atitude para com os sócios do Vitória no jogo contra o Nacional, é deveras condenável. Não se esqueça que somos nós os seus patrões, e que não nos pode substituir, como nesse jogo pretendeu malcriadamente fazê-lo.
Não volte a fazer isso e respeite-nos, já que porque cumprimos somos exigentes.
Se não sabe viver com este ambiente, vá-se embora e nunca se esqueça que este clube sempre foi desejado por qualquer treinador, inclusive por si, e que por aqui já passaram grandes glórias como Pedroto, Artur Jorge, Morais, Marinho Peres, etc, e que fizeram tanto ou mais que o Sr., e também em circunstâncias bem adversas.
Tenha pois tento na língua quando se dirige aos sócios e ao passado do Vitória, porque da mesma forma que em pouco tempo foi coroado Rei, pode em pouco menos ir parar às masmorras. Nós não perdoaremos a quem nos trata mal.