D. Afonso Henriques

Pois é, meus amigos, a nossa saga do regresso ao lugar que nos pertence por direito próproio continua, passo a passo, mas de forma sustentada.
E desta vez a continuação das vitórias dependeu fundamentalmente de uma boa dose de fortuna, que sempre é necessária nestas situações e que, finalmente, nos parece sorrir.
Hoje, de manhã, nos Açores, conseguimos o 5 triunfo consecutivo - e também o sexto jogo sem sofrer golos! - e ainda ganhámos pontos a todos os adversários directos.
Fomos imensamente felizes no jogo de S. Miguel.
Se é verdade que em termos defensivos a equipa esteve praticamente perfeita, também não deixa de ser verdade que do meio campo para a frente a equipa Vitoriana foi um autêntico deserto.
Parece-me que marcámos um golo no único remate à baliza que fizemos durante o jogo todo (até tenho algumas dúvidas em chamar aquilo um remate, já que me pareceu mais um cruzamento!).
Daí ter havido fortuna, muita fortuna neste jogo.
Mas ela, a sorte, não só é importante como muitas vezes assume contornos decisivos nestas coisas dos "futebóis".
Todos nos lembrámos que, na época passada, empatámos dois jogos nos últimos segundos dos descontos que nos empurraram para a 2ª Liga e perdemos, de uma vez só, a final da taça de Portugal e, com ela, o apuramento para as competições europeias, nas mesmas circunstâncias, ou seja, também nos descontos.
Nesta altura parece que finalmente a sorte nos "bateu" de frente e não nos quer abandonar. Também já era tempo, apetece-me dizer!
Esta vitória, com ou sem sorte pelo meio, foi, para mim, absolutamente decisiva para o que resta de campeonato.
Escrevi aqui, na passada semana, que uma vitória nos Açores nos dava a subida, e a derrota liquidava as nossas aspirações.
Naturalmente que mantenho a opinião, agora reforçada com o facto de, como disse, todos os outros resultados da jornada nos terem favorecido.
De facto a perda de pontos de todos os adversários do VITÓRIA, acompanhado com a nossa 5ª vitória seguida, originou que a jornada, para nós, tivesse sido perfeita.
Com os resultados que se verificaram subimos dois lugares na classificação, encurtámos distâncias para os que estão à nossa frente e, mais importante do que tudo o resto, passámos a depender apenas de nós. O que é óptimo!
Naturalmente que é fundamental, depois desta fantástica recuperação, não baixar a guarda, até porque ainda nada está conseguido.
Creio, no entanto, que a moralização que a equipa patenteia, a vontade que empresta aos jogos, o sofrimento que demonstra ser capaz de suportar necessitam de ser mantidos para que o objectivo da época seja alcançado.
E eu acredito que vai ser alcançável, até porque finalmente os sócios estão onde devem estar, ou seja, incondicionalmente do lado da equipa.
Desta forma obviamente que tudo se torna bem mais fácil!.
E, já agora, que a sorte não nos abandone até ao fim da época, é o meu desejo!
E venha de lá o Leixões.
Saudações Vitorianas.