O "amigo-novo"...
Ontem, estava a olhar para o camarote presidencial e fiz uma curiosa associação de ideias, ao lembrar-me dos “cristãos-novos” do século XV.
Quando Dom Manuel I decretou a obrigatoriedade da conversão dos judeus ao cristianismo, muitos deles apenas a simularam, conseguindo desse modo ludibriar o Rei, evitando a expulsão do país e não deixando de se manter fiéis à sua religião.
Uma das formas mais simples de confirmar a efectiva conversão destes “cristãos-novos”, consistia em averiguar se os chouriços tinham passado a fazer parte da sua alimentação, uma vez que estes eram feitos com carne de porco, cujo consumo estava vedado aos judeus.
“Cristão-novo” que comesse chouriços, com certeza teria renegado o judaísmo!
O sistema era simples e parecia eficaz, não tivessem os judeus inventado as alheiras, que eram semelhantes aos chouriços, mas eram feitas com carnes de aves.
É assim, desde o início dos tempos que a necessidade aguça o engenho.
À semelhança dos “cristãos-novos”, este “amigo-novo” do senhor Presidente, também criou a sua “alheira”… sob a forma d’O Protocolo.
E o senhor Presidente, claro, continua convencido que se trata de um belo… “chouriço”.
publicada por Ibraim @ 20:20
7 Comentários:
Às 09 janeiro, 2009 10:37 ,
CASCAVEL disse...
Genial, como sempre!!!!!
Às 09 janeiro, 2009 11:26 ,
Vimaranes disse...
Excelente alegoria. Parabéns.
Às 09 janeiro, 2009 14:27 ,
Saganowski disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Às 09 janeiro, 2009 14:29 ,
Saganowski disse...
5 Estrelas, mais uma vez!!!
Já agora, aproveitando a "deixa", espero bem que o Santana Carlos não seja nenhum "chouriço" a jogar futebol!!!
E que venha mesmo!!!
Às 09 janeiro, 2009 15:39 ,
Anónimo disse...
Se, ao menos, tocar guitarra como o homónimo... já não se perde tudo...
Às 09 janeiro, 2009 16:47 ,
Jeremias disse...
Excelente caro Ibraim.
A caricatura e o texto.
Porque se há coisa de que não tenho a minima duvida é que esta ligação ao SLB de LFV é o maior erro estratégico cometido no Vitória em dezenas de anos.
Se pusermos no prato da balança o que ganhamos e o que perdemos é um balanço arrepiante.
Fora aquilo,de momento impossivel de quantificar,que ainda podemos perder.
É preciso um novo Vitória.
Desparasitado de protocolos,livre de Vascos Santos,sem funcionários que lhe chamem Guimarães em vez de Vitória.
Se com,ou sem, Emilio Macedo da Silva isso depende apenas dele.
Mas cada vez menos é bom que todos,a começar por ele,tenham noção disso
Às 09 janeiro, 2009 21:46 ,
Ibraim disse...
Nunca pedi a cabeça do Presidente, e continuo a não querer pedir.
A única coisa que eu quero, como acredito que todos os vitorianos, é que ele cumpra aquilo que nos prometeu e nos deixe voltar a viver o que é o essencial do clube: o desporto.
NO ENTANTO, esta posição não é imutável, a tolerância não é infinita, e são poucos os que andam a dormir...
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