Morreu o nosso Jesus
António Jesus morreu após o Espinho-Boavista
BRUNO CABRALA má notícia surgiu ontem à noite: a do falecimento de António Jesus, antigo internacional português, em Espinho, cidade onde vivia e de onde era natural.
O falecimento do antigo guarda-redes apanhou de surpresa familiares, amigos e os próprios dirigentes do Espinho, equipa que treinava. Nada fazia prever tal notícia, até porque, ontem à tarde, António Jesus orientou os "Tigres" da Costa Verde sem quaisquer problemas na recepção ao Boavista, em jogo a contar para o campeonato da II Divisão Nacional. Após o empate (1-1), o técnico deixou o Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas e seguiu para casa, onde jantou. Quando se preparava para ir ao café, caiu inanimado. Apesar do esforço da equipa do INEM, já nada havia a fazer.
António Jesus deixa o futebol mais pobre. Era tão grande guarda-redes como homem. Formado nas camadas jovens do Espinho, passou depois pelo FC Porto. Já como sénior, representou Lourosa, Beira-Mar, Varzim, Guimarães, Leixões e Chaves. Foi na Cidade-Berço que viveu os melhores momentos da carreira, contribuindo para vários apuramentos para a extinta Taça UEFA. As boas exibições na baliza vitoriana levaram-no à Selecção Nacional, chegando a ser utilizado em sete ocasiões.
in jornal "o Jogo"
8 Comentários:
Às 27 setembro, 2010 11:54 , ADEMIR ALCANTARA disse...
Foi um dos maiores do nosso Vitória. Esteve nas melhores equipas que vi jogar. Ficamos mais pobres e tristes.
Às 27 setembro, 2010 12:08 , CASCAVEL disse...
Também fui surpreendido, hoje de manhã, com a noticia.
E, naturalmente, fiquei muito triste.
Lembro-me dele como um dos maiores símbolos do clube, como sempre fez questão de o referir, mesmo depois de ter saído do VITÓRIA.
Recordo-me de uma entrevista dele, já jogador do Leixões, em que expressamente referiu que passou por muitos clubes, mas clube só tinha um: O VITÓRIA!
Guarda redes, pequeno em estaura, mas ENORME a defender a baliza Vitoriana.
O seu desaparecimento ainda é mais chocante para mim já que o conheci pessoalmente ainda como jogador e, mais recentemente, aquando da sua última passagem pelo clube como adjunto de Manuel Machado, uma vez que vivia no mesmo prédio que eu.
Triste, muito triste mesmo, este começo de semana com a noticia do desparecimento do JESUS.
Às 27 setembro, 2010 12:33 , Jorge disse...
para além dos rapazes do meu clube, era dos guarda-redes que me percorreu a infância, a par do Alfredo e do Ewerton. perdeu-se um homem, fica a boa imagem que sempre deixou.
um abraço e as minhas condolências ao clube,
Jorge
http://porta19.blogspot.com
Às 27 setembro, 2010 21:43 , Ibraim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Às 27 setembro, 2010 21:44 , Ibraim disse...
Sem Jesus, o Vitória é hoje um clube mais pobre.
Jesus apaixonou-se pelo clube e pela cidade assim que chegou a Guimarães, no início da década de 80.
Vitoriano há quase trinta anos, Jesus jogou uma década de Afonso Henriques ao peito e soube dignificar o clube como poucos o conseguiram fazer.
O Vitória deve-lhe muito daquilo que é.
Assim consiga a nossa Direcção demonstrá-lo com a homenagem que ele soube fazer por merecer e que urge lhe seja prestada...
Às 28 setembro, 2010 10:22 , Basaúla disse...
Vamos aguardar uns dias...
Com este nome nunca se sabe o que pode acontecer!
Às 29 setembro, 2010 12:35 , Jeremias disse...
Foi um grande jogador, um grande vitoriano, um homem que sempre gostou de Guimarães e do Vitória.
Dois tais que nunca de cá devia ter saido.
Fica a memória de grandes defesas, de equipas que povoam as nossas memórias,do peluche que durante anos foi imagem de marca das nossas entradas em campo.
Às 04 outubro, 2010 16:03 , Saganowski disse...
Estamos mais pobres.
Era um pequeno homem, mas uma pessoa grande e um guarda redes enorme.
Recordo com saudade alguns dos míticos jogos da Taça Uefa, particularmente uma defesa de um penalti com o pé, em pleno Vicente Calderón (em Madrid), defesa essa mais tarde imortalizada pelo "moço dos cartoons" que nós conhecemos.
Que a Direcção do Vitória saiba homenageá-lo de maneira visível, mas digna e sincera.
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